O interesse no uso de canabinóides --os químicos ativos na cannabis ou
maconha -- tem crescido para diversos tipos de tratamentos, inclusive para os
casos de epilepsia em crianças. Uma recente análise de estudos publicada no periódico científico Epilepsia relevantes
indica que esta estratégia é promissora.
A análise incluiu quatro ensaios clínicos randomizados e 19 estudos não
randomizados, envolvendo principalmente canabidiol, um tipo particular de
canabinóide que não tem efeitos psicoativos.
Entre os ensaios envolvendo crianças com formas graves de epilepsia, não
houve diferença estatisticamente significativa entre canabidiol e placebo em
interromper totalmente as convulsões.
No entanto, houve uma redução estatisticamente significativa na frequência
de convulsões mensais com canabidiol em comparação com placebo - um grupo teve
uma redução de 50% nas convulsões.
"Embora não tenhamos visto nenhuma diferença significativa no número
de crianças que ficaram completamente livres de convulsões, descobrimos que um
número significativo alcançou uma redução. Qualquer redução nas crises tem um
impacto marcante na vida dessas crianças", disse o principal autor Jesse
Elliott, da Universidade de Ottawa, no Canadá. "A pesquisa nesta área é
ativa e esperamos um aumento no número de estudos nos próximos anos".
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