sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

DEPRESSÃO E ANSIEDADE SÃO TÃO RUINS PARA SAÚDE QUANTO FUMAR E SER OBESO...


FONTE:, em São Paulo, https://vivabem.uol.com.br



Um novo estudo revelou que transtornos mentais como depressão e ansiedade fazem tão mal à saúde quanto o tabagismo ou a obesidade. A pesquisa foi publicada na terça-feira (18) no periódico Health Psychology.

Para chegar a essa conclusão, a equipe de cientistas da Universidade da Califórnia em São Francisco, nos Estados Unidos, analisou quatro anos de dados de saúde de 15.418 aposentados que tinham, em média, 68 anos. As informações coletadas vieram de um estudo do governo que usou as entrevistas para avaliar os sintomas de ansiedade e depressão dos participantes.

Os voluntários também responderam a perguntas sobre peso, tabagismo e condições médicas que tiveram diagnóstico.

A análise mostrou que 16% dos participantes tinham altos níveis de ansiedade e depressão, 31% tinham obesidade e 14% eram fumantes. Aqueles com um alto nível de ansiedade e depressão eram 65% mais propensos a desenvolver um problema cardíaco, 64% mais propensos a ter um derrame, 50% mais propensos a desenvolver pressão alta e 87% mais propensos a ter artrite do que pessoas que não tinham esses transtornos mentais.

"Essas chances aumentadas são semelhantes às dos participantes que são fumantes ou obesos", diz Aoife O'Donovan, do departamento de psiquiatria da universidade. "No entanto, para a artrite, a ansiedade e a depressão elevadas parecem conferir riscos mais elevados do que o tabagismo e a obesidade".

Sem relações com o câncer.
De todas as condições pesquisadas, os cientistas descobriram que o câncer foi o único que não teve relação com ansiedade e depressão.

De acordo com O'Donovan, as descobertas estão de acordo com muitos outros estudos, mostrando que o sofrimento psicológico não é um forte preditor para o câncer.

"Além de destacar que a saúde mental é importante para uma série de doenças médicas, é importante que promovamos essas descobertas nulas, precisamos parar de atribuir o câncer ao estresse, à depressão e à ansiedade", diz a pesquisadora.

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