FONTE: AGÊNCIA ESTADO.
O pai de Eloá foi preso hoje na periferia de Maceió. A última vez que tinha sido visto foi durante o episódio que culminou com a morte da filha em Santo André (SP).
Segundo o Everaldo, o ex-secretário teria participação na morte do delegado Ricardo Lessa, irmão do ex-governador Ronaldo Lessa, crime ocorrido 1991. "Ele (Quintella) e o ex-coronel Manoel Cavalcante estão por trás da morte do doutor Ricardo Lessa", acusou Everaldo, acrescentando que Quintella queria se projetar e chegar ao cargo de secretário.
O ex-cabo também negou ter assassinado sua ex-mulher, antes de fugir de Maceió em meados dos anos 90.
Quando foi apresentado à imprensa, na sede da Polícia Civil de Alagoas, Everaldo estava com o cabelo comprido e usava bigode. Ele vestia bermuda e camiseta.
Everaldo disse que tem medo de ser morto. "Claro que eu posso ser morto a qualquer momento. Um juiz falou para mim que eu tenho apenas 25% de vida", afirmou Everaldo, que estava escondido havia 10 dias em casas de parentes em Maceió.
MORTE DA FILHA.
O pai da estudante disse que a morte da filha foi uma tragédia para sua família. "Foi uma coisa inexplicável, que me tirou do sério", afirmou Eloá, negando ter participado de algum crime com Lindemberg Fernandes Alves na região do ABC paulista, onde morava. "Eu o tinha como um filho", disse Everaldo.
De acordo com o diretor-geral adjunto da Polícia Civil de Alagoas, delegado José Edson, Everaldo ainda tentou fugir pulando o muro da vizinha.
"Ele disse que já estava em Maceió há cerca de 10 dias e que tinha se escondido em vários lugares, inclusive fora do País", afirmou o delegado, acrescentando que a polícia confirmou que Everaldo esteve na Bolívia. O delegado revelou ainda que Everaldo estava com prisão decretada pelos juízes da 17ª Vara Criminal de Maceió, acusado do homicídio de João Gabriel. "Além disso, ele responde por outro crime de homicídio na cidade de Novo Lino, em Alagoas, mas tem crimes atribuídos a ele também em Pernambuco", afirmou o delegado José Edson.
O secretário de Defesa Social, delegado Paulo Rubim, disse que a prisão do ex-cabo Everaldo Pereira era uma questão de honra para a polícia alagoana. O ex-militar estava foragido havia mais de 15 anos e alguns crimes atribuídos a ele já estão próximos de prescrever.
CONDENAÇÃO.
Em novembro deste ano, Everaldo Pereira foi condenado a 33 anos e seis meses de prisão pelos assassinatos do ex-delegado Ricardo Lessa e do seu motorista, Antenor Carlota da Silva, crime ocorrido em 1991. O ex-cabo Everaldo admitiu que em São Paulo usava o nome falso de Aldo José da Silva. Ele disse que tinha emprego regular no ABC Paulista e não estava envolvido em criminalidade. O ex-militar disse também que está disposto a colaborar com a Justiça alagoana, revelando o que sabe sobre o crime organizado no Estado.
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