FONTE: Roberta Cerqueira (TRIBUNA DA BAHIA).
A busca por uma alimentação saudável tem levado muita gente ao consumo dos produtos orgânicos, cultivados sem agrotóxicos e que, segundo algumas pesquisas, previnem e combatem diversas doenças, inclusive o câncer. Em Salvador, já é possível encontrar frutas, verduras, hortaliças e itens industrializados nas prateleiras dos principais supermercados, delicatessens e em duas feiras livres, nos bairros do Itaigara e Garcia. Mas, especialistas alertam os consumidores contra as falsificações e práticas abusivas de preços.
“Uma diferença de até 100% entre os preços dos orgânicos e os convencionais já é considerada alta, porém aceitável, mais do que isto é abuso e deve ser denunciado aos órgãos de defesa do consumidor”, diz a nutricionista Maria Luiza Guimarães, que é fiscal de controle sanitário da Secretária Municipal de Saúde (SMS) e responsável por um trabalho sobre a qualidade dos alimentos orgânicos, em Salvador e Região Metropolitana. De acordo com ela, além das grandes redes de supermercados, em Salvador, apenas as feiras que acontecem todas as sextas-feiras à tarde, na Igreja Messiânica do Garcia, e às quintas-feiras, pela manhã, no Parque da Cidade, oferecem produtos seguros. “Estas feiras são formadas por associações de pequenos produtores de orgânicos, que se autofiscalizam”, garante.
A servidora disse já ter denunciado ao Procon (Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor) uma delicatessen que oferecia o mesmo produto com uma diferença de preço, superior a 500%. “Um chuchu orgânico custava R$ 3 e outro R$ 26, o quilo”, conta. Membro da Associação de Produtores Orgânicos e Feirantes, Eduardo Alfredo Moraes diz que a maioria dos alimentos produzidos em sua roça, que fica no município de Ubaitaba (sul do estado), é comercializada através da relação de confiança, com revendedores e consumidores diretor. “A certificação é muito cara para ser custeada por pequenos produtores”, lembra.
Representante da Bahia na Comissão de Produtos Orgânicos, do Ministério da Agricultura, Moraes é um dos poucos agricultores baianos a exportar produtos para fora do país. “Faço parte de um projeto da Barry Calibout, que compra processa e exporta o cacau, cultivado por mim, para o Japão, mas eles bancam a certificação”, diz. Além do cacau, ele produz açaí, cupuaçu, pupunha, acerola, banana e uma série de espécies em 20 hectares de terra, sem o uso de agrotóxicos, hormônios ou pesticidas (natural ou artificial). “Se a planta está com algum tipo de praga, nós tratamos de fortalecê-la para que ela mesma possa se defender daquela praga, não é necessário usar outros meios, a natureza se encarrega de tudo”, diz.
O problema é que a produção, sem o uso destes subterfúgios acaba encarecendo alguns produtos e os torna inviáveis, até para quem preza a qualidade. “Tento manter uma alimentação equilibrada, com muitas frutas e verduras, mas ainda não compro orgânicos por achar tudo muito caro”, diz a advogada Elisângela da Silva Costa, 35 anos. Nutricionista responsável pelo setor de hortifruti das delicatessens Perine, Izabela Leal lembra que apesar das diferenças de preços, na relação de custo e benefício, os consumidores, que optam pelos orgânicos acabam saindo em vantagem. “O aproveitamento destes produtos é quase que 100%, além disto, saúde não tem preço”, defende.
EFICÁCIA COMPROVADA.
Izabela Leal conta que há cerca de três anos a Perine ofertava em suas lojas cerca de 20 produtos orgânicos na seção de hortifruti. “Hoje, em razão da grande procura, nos temos 54 tipos de frutas, verduras e hortaliças em nossas prateleiras, tendo um balcão exclusivo para estes produtos”. Em sua opinião, as pessoas estão mais preocupadas e conscientes, com o que consomem, além de estarem mais comprometidas com meio ambiente. “Vejo desde idosos até atletas procurando por estes alimentos”, relata.
Todo alimento orgânico é o resultado de um sistema de produção agrícola que busca manejar de forma equilibrada o solo e demais recursos naturais como água, plantas, animais e insetos, conservando-os em longo prazo e mantendo a harmonia desses elementos entre si e com os seres humanos.
Resultados de um estudo financiado pela União Européia, apontam a eficácia de alguns alimentos orgânicos. A pesquisa da Newcastle University, na Grã-Bretanha, concluída em 2008, indica que legumes e frutas orgânicos contêm até 40% mais antioxidantes – substâncias que, acredita-se, ajudar no combate ao câncer e problemas cardíacos – do que seus equivalentes, não-orgânicos e trazem mais benefícios à saúde por não possuírem pesticidas, que prejudicam também o meio ambiente.
O leite orgânico, por exemplo, pode conter entre 50% e 80% mais antioxidantes do que o leite normal. Trigo, tomate, batata, repolho, cebola e alface orgânicos contêm entre 20 e 40% mais nutrientes do que seus equivalentes não-orgânicos, de acordo com a pesquisa. Os resultados também garantem que os orgânicos contêm menos ácidos graxos trans, considerados nocivos à saúde.
A busca por uma alimentação saudável tem levado muita gente ao consumo dos produtos orgânicos, cultivados sem agrotóxicos e que, segundo algumas pesquisas, previnem e combatem diversas doenças, inclusive o câncer. Em Salvador, já é possível encontrar frutas, verduras, hortaliças e itens industrializados nas prateleiras dos principais supermercados, delicatessens e em duas feiras livres, nos bairros do Itaigara e Garcia. Mas, especialistas alertam os consumidores contra as falsificações e práticas abusivas de preços.
“Uma diferença de até 100% entre os preços dos orgânicos e os convencionais já é considerada alta, porém aceitável, mais do que isto é abuso e deve ser denunciado aos órgãos de defesa do consumidor”, diz a nutricionista Maria Luiza Guimarães, que é fiscal de controle sanitário da Secretária Municipal de Saúde (SMS) e responsável por um trabalho sobre a qualidade dos alimentos orgânicos, em Salvador e Região Metropolitana. De acordo com ela, além das grandes redes de supermercados, em Salvador, apenas as feiras que acontecem todas as sextas-feiras à tarde, na Igreja Messiânica do Garcia, e às quintas-feiras, pela manhã, no Parque da Cidade, oferecem produtos seguros. “Estas feiras são formadas por associações de pequenos produtores de orgânicos, que se autofiscalizam”, garante.
A servidora disse já ter denunciado ao Procon (Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor) uma delicatessen que oferecia o mesmo produto com uma diferença de preço, superior a 500%. “Um chuchu orgânico custava R$ 3 e outro R$ 26, o quilo”, conta. Membro da Associação de Produtores Orgânicos e Feirantes, Eduardo Alfredo Moraes diz que a maioria dos alimentos produzidos em sua roça, que fica no município de Ubaitaba (sul do estado), é comercializada através da relação de confiança, com revendedores e consumidores diretor. “A certificação é muito cara para ser custeada por pequenos produtores”, lembra.
Representante da Bahia na Comissão de Produtos Orgânicos, do Ministério da Agricultura, Moraes é um dos poucos agricultores baianos a exportar produtos para fora do país. “Faço parte de um projeto da Barry Calibout, que compra processa e exporta o cacau, cultivado por mim, para o Japão, mas eles bancam a certificação”, diz. Além do cacau, ele produz açaí, cupuaçu, pupunha, acerola, banana e uma série de espécies em 20 hectares de terra, sem o uso de agrotóxicos, hormônios ou pesticidas (natural ou artificial). “Se a planta está com algum tipo de praga, nós tratamos de fortalecê-la para que ela mesma possa se defender daquela praga, não é necessário usar outros meios, a natureza se encarrega de tudo”, diz.
O problema é que a produção, sem o uso destes subterfúgios acaba encarecendo alguns produtos e os torna inviáveis, até para quem preza a qualidade. “Tento manter uma alimentação equilibrada, com muitas frutas e verduras, mas ainda não compro orgânicos por achar tudo muito caro”, diz a advogada Elisângela da Silva Costa, 35 anos. Nutricionista responsável pelo setor de hortifruti das delicatessens Perine, Izabela Leal lembra que apesar das diferenças de preços, na relação de custo e benefício, os consumidores, que optam pelos orgânicos acabam saindo em vantagem. “O aproveitamento destes produtos é quase que 100%, além disto, saúde não tem preço”, defende.
EFICÁCIA COMPROVADA.
Izabela Leal conta que há cerca de três anos a Perine ofertava em suas lojas cerca de 20 produtos orgânicos na seção de hortifruti. “Hoje, em razão da grande procura, nos temos 54 tipos de frutas, verduras e hortaliças em nossas prateleiras, tendo um balcão exclusivo para estes produtos”. Em sua opinião, as pessoas estão mais preocupadas e conscientes, com o que consomem, além de estarem mais comprometidas com meio ambiente. “Vejo desde idosos até atletas procurando por estes alimentos”, relata.
Todo alimento orgânico é o resultado de um sistema de produção agrícola que busca manejar de forma equilibrada o solo e demais recursos naturais como água, plantas, animais e insetos, conservando-os em longo prazo e mantendo a harmonia desses elementos entre si e com os seres humanos.
Resultados de um estudo financiado pela União Européia, apontam a eficácia de alguns alimentos orgânicos. A pesquisa da Newcastle University, na Grã-Bretanha, concluída em 2008, indica que legumes e frutas orgânicos contêm até 40% mais antioxidantes – substâncias que, acredita-se, ajudar no combate ao câncer e problemas cardíacos – do que seus equivalentes, não-orgânicos e trazem mais benefícios à saúde por não possuírem pesticidas, que prejudicam também o meio ambiente.
O leite orgânico, por exemplo, pode conter entre 50% e 80% mais antioxidantes do que o leite normal. Trigo, tomate, batata, repolho, cebola e alface orgânicos contêm entre 20 e 40% mais nutrientes do que seus equivalentes não-orgânicos, de acordo com a pesquisa. Os resultados também garantem que os orgânicos contêm menos ácidos graxos trans, considerados nocivos à saúde.
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