domingo, 28 de fevereiro de 2010

ANTES DO BA x VI, LEANDRO E WALLACE DISPUTAM CLÁSSICO NO VIDEOGAME...

FONTE: *** Ângelo Paz, CORREIO DA BAHIA.
Sala de reunião. Nela, jornalistas refletem o CORREIO do dia e viajam na próxima edição. Uma televisão grandona toma a bancada. Fim da manhã de sexta e nada de noticiários. Um Playstation 3, game modernão, instalado. 0s jornalistas vão se divertir? Longe desta. São ajustes pro primeiro Ba-Vi virtual. Um tricolor, outro rubro-negro, ambos de bermudinha jeans: uniforme bem fashion.
Leandro pegou caminho pra São Lázaro, endereço do jornal, depois do treino secreto do técnico Renato Gaúcho. De boa em casa, Wallace veio com Fabinho, funcionário da Toca do Leão. Relax total, sem tensão, vai rolar o clássico palhaçada.
Wallace curte mais o Play 2, enquanto Leandro já tenta se acostumar com a versão 3. Há dos dois modelos para os atletas se divertirem como em casa. Mas, por problemas técnicos, típicos de uma boa estreia, um dos controles só pega legal no futebol da preferência tricolor.
ESCALAÇÃO
Como os dois tiram onda de craque, hora de esquentar o negócio. Sem a dupla Ba-Vi entre as opções, Wallace pega o Milan, do rubro-negro Dida; e Leandro, o Barcelona, do tricolor Daniel Alves. Hora dos palpites: “Vou meter 1x0 ferrado pra ele morrer de raiva”, extravasa Wallace.
A resposta vem discreta. 2x1 nele tá bom”. Tudo sob o olhar do juiz Bruno Queiroz, titular da Seleção Baiana no Campeonato Brasileiro de Futebol Virtual, em 2008. Rola a bola, olhos vidrados na telinha e os dois vestidos com suas cores da vida real.
Leandro bota o time de Wallace na roda: “Devagar, né Léo?”,solta o zagueiro. No fim do 1º tempo, o sueco Ibrahimovic cutuca as redes.

Leandro ri demais, passa a mão na cachola do parceiro, abre 3x0, com gols nos descontos e outro no início do 2º tempo. Numa coincidência pirada, repete-se o placar do primeiro Ba-Vi da história: 3x0 Bahia, lá no dia 18 de setembro de 1932, pelo Torneio Início.
“É, parceiro...”, consola, Leandro. Sem jeito, Wallace baixa a bola. “Esse aqui eu tô aprendendo. Só perco na concentração. Só não posso perder lá na vera”, descontrai. Olho na tevê e riso na boca. Os dois curtem a brincadeira, sucesso nas concentrações.

Nova tentativa de botar o Play 2 pra oferecer a Wallace uma revanche. Tá difícil! Segue o pepino técnico. “Quer mais uma aqui?”, pergunta, o volante. “Simbora”. Mas o rubro-negro muda o discurso. “Essa vez é melhor ficar no miudinho”, evita palpitar.
MAIS UM
Leandro tá de boa, provoca o parceiro com moderação. O jogador leonino escala o Milan rubro-negro, em vez do branco da estreia. Leandro permanece com a camisa listrada do Barça. Rola a bola, os dedos de Wallace não estão em boa sincronia, Leandro domina a revanche e marca aos 43 do primeiro tempo.
Detalhe, igualzinho ao duelo anterior. “Trabalhei o psicológico, mas o problema são os cinco minutos finais”, diz Wallace, se acabando na risada. Pra não se estressar, o xerife da Toca lembra os tempos na base. Enquanto isso, leva o 2x0 e se desinteressa de vez. “É, amigo...”, curte Leandro, bem feliz.

Olha a conversa de Wallace: “Pô, Léo, comecei de atacante no Vitória. Virei meia, fui pra volante, depois pra zaga e cheguei a jogar até de goleiro. Cê, acredita, véi?”, conta, na viagem. Riso geral. No acumulado, Bahia 5x0.
Hoje à tarde, às 17h, em Pituaçu, Leandro quer manter a freguesia virtual de Wallace. Já o zagueirão se apega na fé de manter o chocolate sobre Leandro na vida real. Dos cinco Ba-Vis entre os dois, o Leão venceu duas, empatou duas e perdeu outra. Já, já tem mais.

*** Notícia publicada na edição do dia 28/02/2010.

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