FONTE: COLABORAÇÃO PARA A FOLHA (www1.folha.uol.com.br).
Viver em áreas urbanas ajuda as pessoas a desenvolver imunidade a doenças, sugere um estudo publicado na quinta-feira (23) na revista "Evolution". A pesquisa foi conduzida pela Royal Holloway, University of London, University College London e Oxford University.
Os pesquisadores descobriram que as pessoas que têm uma história de vida em regiões mais povoadas são mais propensas a ter uma variante genética que lhes confere uma resistência a doenças, como tuberculose e hanseníase. A informação foi publicada na quinta no site do jornal britânico "The Guardian".
Falta de saneamento básico e altas densidades populacionais determinavam um terreno ideal para a doença em cidades antigas. A exposição passada a patógenos permitiu a resistência à disseminação de doenças pelas populações, pois os ancestrais transmitiram-na a seus descendentes, disse o cientista Ian Barnes, da Escola de Ciências Biológicas da Royal Holloway College. "Este parece ser um exemplo elegante da ação da evolução."
"Isso sinaliza a importância de um aspecto muito recente de nossa evolução como espécie, o desenvolvimento das cidades como uma força seletiva. Também pode ajudar a explicar algumas diferenças que observamos na resistência a doenças em todo mundo."
Os pesquisadores analisaram amostras de DNA de populações em toda a Europa, Ásia e África e as taxas de comparação da resistência de doença genética com a história urbana.
Eles descobriram que nas áreas com uma longa história de aglomerados urbanos, os habitantes de hoje estavam mais propensos a ter a variante de DNA que fornece resistência a infecções.
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