FONTE: Karina Baracho, TRIBUNA DA BAHIA.
No primeiro dia de vigor da Lei 8.750/2010 que proíbe o uso de aparelhos celulares, radioamadores e congêneres dentro dos bancos da capital baiana, parece que a rotina de muitos clientes não foi modificada. Enquanto realizava um procedimento na agência do Banco do Brasil da Avenida Manoel Dias da Silva, uma mulher ignorava a nova medida e conversava ao celular normalmente.
Questionado pela equipe de reportagem da Tribuna da Bahia, um funcionário do local disse que não podia dar nenhuma informação sobre o fato. No ambiente também não existia nenhum tipo de cartaz sobre a novidade. Apenas nas filiais do Bradesco existiam informativos sobre a nova medida.
“Nem aqui podemos mais usar celular?”, indagou, surpresa, uma cliente ao ler o cartaz quando entrava no local. Com a resposta negativa seguida de uma explicação do gerente, ela parecia mais conformada. “Ah! Agora entendi. Realmente é uma medida sensata, podemos ser observados principalmente quando sacamos dinheiro”, disse.
A medida é uma forma para tentar coibir os crimes conhecidos como saidinhas bancárias, que são cada dia mais comuns, quando o bandido passa as informações para que o comparsa do lado de fora aborde e assalte o cliente. Porém, os bancos não têm poder de polícia para impedir o uso dos aparelhos no interior das agências, os clientes podem ser convidados a se retirar ou o caso pode parar na delegacia.
O não cumprimento da nova regra sujeitará as agências a uma multa de cem salários mínimos – R$51 mil, em valores atuais. Em caso de reincidência, a multa será dobrada e uma terceira infração implicará na perda do alvará de funcionamento por parte da instituição financeira. A fiscalização será realizada pela Coordenadoria de Defesa do Consumidor (Codecon), da Secretaria Municipal de Serviços Públicos e Prevenção à Violência (Sesp).
A lei foi sancionada com base nas estatísticas que apontam a “saidinha bancária” como uma modalidade de assalto cada vez mais presente em Salvador – o número de casos em 2009 catalogados somente pela Delegacia da Pituba, dos meses de maio a outubro, já somam 108.
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