FONTE: Rayllanna Lima, TRIBUNA DA BAHIA.
Mesmo sem saber a procedência dos produtos
vendidos nas praias de Salvador, muitas pessoas acabam comprando óleos
bronzeadores e protetores na mão de ambulantes.
Sem
nenhuma proteção, os produtos ficam expostos ao sol e a chuva. Alguns baianos
admitem que compram por ser mais barato. Mas o que eles não sabem é que a
economia feita com esse tipo de produto pode vir a ocasionar um gasto
exacerbado para reverter os danos causados à pele.
A Tribuna da Bahia foi às praias para verificar a
situação.
Morena
que adora manter o bronzeado, a universitária Jade Calheiros, 20 anos, costumava
usar com produtos vendidos nas praias com frequência. “Quando eu esquecia o
bronzeador, comprava na praia. Eu ficava com umas manchas estranhas na pele,
mas achava que era coisa normal, por causa do sol. Hoje não compro mais, porque
não é de boa qualidade”, confessou.
“Não
vou mentir, compro porque é mais barato mesmo. O bronzeador que eu compro aqui
de R$ 5, na farmácia só vou encontrar de R$ 20, e olhe lá. Não tenho condições
pra ficar gastando com algo que uso muito, e poderia economizar. Eu sou negona,
nunca tive problema com isso. Só não deixo de olhar a validade, porque aí já seria
demais”, revelou a atendente de telemarketing, Joane Santos, 28 anos.
Diferente
de Jade e Joane, Adriana Pires e André Villas Boas não confiam nesses tipos de
produto. O casal está aproveitando as férias para curtir o sol na praia, mas
não abre mão de levar o protetor de casa. “Tenho receio de falsificação. E
também que fica exposto ao sol, sem conservação”, disse Adriana. “Não compensa
usar um produto de procedência duvidosa, porque é mais barato. Não se sabe o
efeito que ele pode causar a pele. A economia feita agora pode virar o gasto
com dermatologista amanhã”, completou André.
O mesmo
acontece com a autônoma Silmara de Jesus, 46 anos. “Prefiro comprar em um local que
confio, e trazer de casa. A gente nunca sabe se a validade é falsa ou se tem
alguma mistura. Tem que se bronzear pensando na pele”, sugeriu.
O sol
está nascendo e se pondo cada dia mais quente. Além de sugerirem que os
banhistas evitem comprar produtos de procedência duvidosa, médicos totalmente
contraindicam o uso de bronzeador.
De
acordo com a dermatologista Ana Cristina Guerra, o soteropolitano deve abrir
mão do bronzeador. “Primeiro não se deve usar bronzeador. O sol está nascendo
cada dia mais forte, e se recolhendo mais tarde e com mais intensidade. O
protetor já é o suficiente para que a pele fique bronzeada. O uso de bronzeador
é totalmente contraindicado”, revelou.
Sobre
protetores vendidos em praias, Cristina explica: “Produtos expostos ao sol
perdem a validade com mais facilidade. Esses produtos possuem substâncias
químicas, e devem ser conservados de maneira correta. É importante informar que
as pessoas também devem evitar produtos caseiros”. Protetores fora de validade
e com composição alterada podem causar alergia e irritação à pele.
“A
recomendação é que as pessoas procurem produtos que protejam dos raios
ultravioleta A e B. O protetor deve ser passado 30 minutos antes de se expor ao
sol, e reaplicado a depender do suor, podendo ser de 2 em 2 hora. Deve-se
aplicar uma camada grossa de protetor. É importante não esquecer do chapéu, do
óculos, e de beber bastante água. Ao chegar em casa, o ideal é tomar um bom
banho e passar hidratante”, concluiu.
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