FONTE: Chayenne Guerreiro, TRIBUNA DA BAHIA.
A partir de 1º de janeiro os
baianos vão ter uma conta de luz mais cara. A decisão foi da Diretoria da
Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL). A partir de agora, a cobrança
será feita pela aplicação das bandeiras tarifárias nas contas de energia. Com
isso, reajustes mensais vão pesar no bolso dos consumidores. Diferente do que
acontece atualmente, quando o reajuste só é repassado uma vez por ano.
As bandeiras vão atuar como sinalizadores das
condições de geração de energia no país. Em condições difíceis, como o
acionamento de térmicas, o aumento será repassado automaticamente para o
consumidor, diminuindo o custo, para as distribuidoras.
O lado positivo da mudança, é
que os consumidores vão poder, com base em
informações mais claras sobre o custo de energia e sobre os problemas na
geração, reduzir o consumo mensal da energia, o que evitaria uma ação de
racionamento nacional.
De acordo com a ANEEL, as bandeiras serão
divididas em três e indicaram o valor do consumo nas contas do consumidor. A
bandeira verde (que não indica reajuste em relação ao mês anterior), a
amarela (reajuste de R$ 1,50 a cada 100 kWh ), e vermelha (aumento de R$ 3 a
cada 100 kWh).
A Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia
(Coelba), já anunciou que vai seguir as normas estabelecidas pela Diretoria da
Agência Nacional de Energia Elétrica, e que as cobranças devem começar a partir
de janeiro.
Com uma casa com quatro geladeiras, três
televisores, três computadores e cinco habitantes, vai ficar difícil para
contadora Sandra Souza, manter a economia. “Já existia antes um certo tipo de
regulagem, para não deixar as luzes acesas, não usar o ar-condicionado no
inverno, não demorar muito no chuveiro quente, desligar o computador, mas agora
tudo isso terá que ser reforçado, caso o contrario, vai ficar impossível pagar
essa conta,” afirma.
A enfermeira Lilian Macedo acha injusto que a
cobrança seja feita para os consumidores. “As empresas que produzem que
deveriam arcar com os custos. Já pagamos muito caro por tudo e recebemos muito
pouco de volta. Aqui no Brasil tudo cai nas costas do contribuinte. Se o poder
público estivesse preocupado em economizar energia, faziam campanhas de
conscientização. Essa é só mais forma de tirar nosso dinheiro,” opina Macedo.
Ainda segundo a Aneel, o regime de
uso das bandeiras tarifárias estava previsto para começar nesse ano, mas teve
que ser adiado a pedido das
distribuidoras de energia que ainda não estavam com seus sistemas prontos para
atender às novas regras.
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