FONTE: CORREIO DA BAHIA ().
Paralisação de 72
horas será seguida de atos públicos de protesto em frente às unidades da PF.
Os agentes da Polícia Federal (PF) de todo o país entrarão em greve de
72 horas a partir desta quarta-feira (22). A paralisação
das atividades será seguida de atos públicos de protesto em frente às unidades
da PF. Na Bahia, a mobilização
acontece a partir das 16h30 de quarta, em frente à Superintendência Regional da
Polícia Federal localizada na Avenida Oscar Pontes, no bairro de Água de
Meninos.
Os agentes protestam contra a alteração na lei 9.266,
assinada pela presidente Dilma Rousseff no último dia 13, que inclui a
definição de que a Polícia Federal é parte da "estrutura básica" do
Ministério da Justiça.
A greve é realizada, ainda, por conta do não cumprimento
do acordo assinado com o governo federal, no final da greve de 2012, onde havia
sido prometida a modernização da carreira na PF e o reconhecimento das
atividades realizadas por todos servidores, ainda regidos por leis da época da
ditadura militar.
“A Polícia Federal está
sendo destruída, enquanto a população brasileira precisa do combate ao crime
organizado e corrupção. Estamos sendo engolidos pela burocracia. O servidor
deve ser reconhecido pelo que faz, e não pelo que está no papel. Queremos
critérios de eficiência para as chefias, independente do cargo, e o fim da
politicagem dentro da PF”, explica Jones Borges Leal, presidente da Federação
Nacional dos Policiais Federais (Fenapef).
Jones Borges, disse à
Coluna Esplanada que a recente Medida Provisória (MP) 657 seria um afago
estranho aos delegados em meio à eleição e às investigações de corrupção no
governo, sendo uma ação decisiva para a realização da greve.
A MP beneficiou apenas o
cargo de delegado, criando uma espécie de concurso para chefe no serviço
público federal.
Confira na íntegra a nota:
A MP foi editada na calada da noite e em período eleitoral, contrariando o artigo 73, inc. V da LEI 9.504/97, e através dela, Dilma tenta enquadrar os Agentes da Polícia Federal e sua insistência em investigar casos de corrupção.
A MP foi editada na calada da noite e em período eleitoral, contrariando o artigo 73, inc. V da LEI 9.504/97, e através dela, Dilma tenta enquadrar os Agentes da Polícia Federal e sua insistência em investigar casos de corrupção.
Para os Agentes Federais a edição da MP
657 centraliza a direção e o poder de todas as atividades da Polícia Federal em
um só cargo, dentro de uma carreira única constitucional composta por cinco
cargos policiais federais, o que une 90% dos servidores do DPF contra esse
grave atentado à democracia que retira a autonomia de investigação dos Agentes
Federais e dos Peritos Criminais que são responsáveis pela produção de provas
técnico-cientificas.
Essa MP foi editada às vésperas das
eleições presidenciais, coincidentemente quando veio à tona várias
investigações onde membros do mais alto escalão do governo federal aparecem
como, supostamente, envolvidos em escândalos de corrupção, o que certamente
pode influenciar no pleito eleitoral.
A estratégia de concentrar todo o poder do
órgão em um só cargo e assim controlar todas as investigações é semelhante a um
golpe de Estado que atinge a sociedade sorrateiramente bem como foi a PEC 37
(PEC DA IMPUNIDADE) que era defendida pelos delegados de polícia como instrumento
de "autonomia e poder", mas que colocava a sociedade e o Ministério
Público como vítimas de um golpe antidemocrático que foi combatido pelos
Agentes Federais desde o nascedouro, e que a sociedade acordou a tempo de ir às
ruas em junho de 2013 para impedir tamanho retrocesso defendido com "unhas
e dentes" por delegados de polícia contra a sociedade, e que hoje têm a MP
657 (MP DA IMPUNIDADE) como espelho da PEC 37, em âmbito interno às
investigações da Polícia Federal, mas que atinge a sociedade tal qual a PEC 37.
Se a PEC 37 colocava como algozes da
sociedade os delegados de polícia na ânsia por poder, a MP 657 (MP DA
IMPUNIDADE) retoma mais um capitulo dessa história onde de um lado estão a
sociedade e todas as instituições democráticas, e de outro estão delegados de
policia defendendo prerrogativas, e concentração de poder, em detrimento da
autonomia de investigação de todos os outros cargos da PF, o que retrocede a
instituição atualmente mais bem avaliada pela sociedade aos tempos de controle
político de todas as atividades do órgão.
E para tentar demover o governo Dilma de tamanho retrocesso, os AGENTES FEDERAIS da Bahia informam a população de que a partir da meia noite do dia 22/10/2014 estarão entrando em greve geral como forma de protesto, acreditando que a luta por uma Policia cidadã, moderna, e eficiente que entregue uma prestação de segurança publica da forma como a população almeja e merece, de forma rápida e consistente.
E para tentar demover o governo Dilma de tamanho retrocesso, os AGENTES FEDERAIS da Bahia informam a população de que a partir da meia noite do dia 22/10/2014 estarão entrando em greve geral como forma de protesto, acreditando que a luta por uma Policia cidadã, moderna, e eficiente que entregue uma prestação de segurança publica da forma como a população almeja e merece, de forma rápida e consistente.
Essa é uma luta de toda a sociedade.
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