FONTE: Matheus Fortes, TRIBUNA DA BAHIA.
Os animais são seres conscientes e, portanto,
não podem ser tratados como objetos. Esse é o alerta do Conselho Federal de
Medicina Veterinária (CFMV) nos dias em que antecedem 12 de outubro, data em
que se comemora o Dia das Crianças. “Antes de presentearem as crianças
com um animal de estimação, ao invés de qualquer outra lembrança, os adultos
precisam estar conscientes de que ter um animal em casa implica em assumir
responsabilidades”, afirma o representante do CFMV, o médico veterinário
Marcello Roza.
Há casos em que os pais delegam aos filhos a
responsabilidade de cuidar dos pets, como a condição para ganharem o
“presente”. “É preciso lembrar que estamos falando de uma criança, que não
consegue cuidar nem de si mesma. Além disso, os animais não podem ser tratados
como brinquedos, mas como membros da família”, argumenta Roza.
“Recentemente, um grupo de cientistas
brasileiros declarou que os animais são seres dotados de consciência e que, por
isso, não podem ser tratados como objetos. Isso reforça a responsabilidade dos
seres humanos na relação com os animais”, afirma. O Médico Veterinário se
refere à Declaração de Curitiba, manifesto assinado por especialistas de renome
nacional e internacional, em um congresso sobre bioética e bem-estar animal
organizado pelo CFMV; e segundo o qual os animais são seres conscientes, ou
seja, capazes de sentir dor e prazer, e, por isso, não podem ser tratados como
coisas.
Orientação.
Marcello Roza aconselha os adultos a consultarem um Médico Veterinário antes de se decidirem pelo animal. “O objetivo é orientá-los sobre a espécie animal mais bem adequada ao perfil da família. Há residências com pessoas idosas que não conseguem conviver com animais que fazem muito barulho”, exemplifica. É importante também optar por espécies adequadas à faixa etária do proprietário, sendo do adulto a tarefa de monitorar a convivência entre uma criança e um pet.
Marcello Roza aconselha os adultos a consultarem um Médico Veterinário antes de se decidirem pelo animal. “O objetivo é orientá-los sobre a espécie animal mais bem adequada ao perfil da família. Há residências com pessoas idosas que não conseguem conviver com animais que fazem muito barulho”, exemplifica. É importante também optar por espécies adequadas à faixa etária do proprietário, sendo do adulto a tarefa de monitorar a convivência entre uma criança e um pet.
Além dos cuidados necessários para garantir a
saúde física dos animais, é essencial dar carinho e atenção a eles. Como
exemplo, Roza cita os cachorros de companhia, que são mais sensíveis à falta de
interação, o que pode levá-los à depressão. Já os gatos são mais independentes,
mas não significa que não precisem da atenção de seus proprietários. “Existem
espécies mais independentes, ou seja, demandam menos exigência no que diz
respeito à alimentação, são facilmente condicionáveis a urinar e defecar em
locais pré-definidos em casa, ou conseguem se adaptar a períodos de tempo maior
de ausência sem o proprietário”, ensina.
Outro ponto importante é a longevidade do
animal escolhido, já que muitos deles vivem mais de dez anos e precisam de
cuidados por todo o tempo de vida. ”Portanto, antes de tudo, é preciso
ter certeza de que, além da criança, todo o restante da família, de fato,
deseja o animal”, conclui o conselheiro do CFMV.

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