FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.
A
agricultora familiar Maria de Fátima dos Santos, 51 anos, devolveu o cartão do
Bolsa Família, programa do Governo Federal que atende milhões de brasileiros
com renda familiar per capita inferior a R$ 77 mensais, após ter acesso ao
Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
Apesar
de ter nascido em uma propriedade rural e ter boas recordações de quando
ajudava o pai nas poucas colheitas que vingavam, Maria lembra que não conseguia
alimentar os oito filhos com a produção familiar. “Antigamente a vida no campo
era muito difícil. Hoje a gente tem cisterna, vem técnico ver se está tudo
certinho e a gente pode pedir empréstimo no banco”, destaca.
O
Pronaf, recurso acessado pela cearense Maria, financia projetos individuais ou
coletivos, que gerem renda aos agricultores familiares e assentados da reforma
agrária. O programa possui as menores taxas de juros dos financiamentos rurais,
além dos menores índices de inadimplência entre os sistemas de crédito do País.
Hoje,
em sua chácara, localizada na comunidade de Jenipapo em Itapipoca (CE), a 130
quilômetros de Fortaleza, Maria produz mais de dez itens entre frutas e
hortaliças, todos orgânicos.
Ela
aprendeu técnicas de agroecologia em cursos e nas visitas de profissionais de
Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater). “Também gosto de saber que estou
cuidando da minha saúde e de quem compra os meus produtos. Se todo mundo pensar
assim, vamos viver todos melhor”, finaliza.
Mais acesso.
Só no
primeiro trimestre da safra 2014/2015, cerca de 160 mil mulheres acessaram o
Pronaf. As agricultoras familiares requisitaram, na safra atual, R$ 1,13
bilhão, número 33,73% maior que os R$ 851 milhões solicitados nos três
primeiros meses da última safra. Em relação ao mesmo período, o número de contratos
entre as mulheres cresceu 13,25%.
Para
incentivar histórias de superação como a de Maria, o Governo Federal anunciou
novas medidas para o programa. Para o período de 2014/2015, a iniciativa
contará com R$ 24,1 bilhões para as operações de custeio e investimento, 14,7%
a mais de recursos do que no Plano anterior, o maior volume da história do
programa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário