sábado, 1 de novembro de 2014

VEJA QUANDO PROCURAR UM ORTODENTISTA...

FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.

Dentes alinhados e mordida correta garantem boa parte da beleza de um sorriso. Mas quando há dentes apinhados, projetados, ou ainda mordidas cruzadas, por exemplo, isso não apenas compromete a aparência, como também pode resultar em problemas na mastigação, fala, respiração, dores de cabeça e até mesmo dores que se estendem dos ouvidos até o pescoço.
A partir de que idade é possível prevenir esse tipo de problema? Na opinião de Marcelo Viola, professor da Escola de Aperfeiçoamento Profissional da APCD (Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas), a idade ideal para diagnosticar e tratar problemas ortodônticos é aos seis anos ou durante a troca dos dentes de leite.
“Em alguns casos, quando há suspeita ou diagnóstico de um problema mais acentuado ou alguma deformidade craniofacial, é importante levar a criança ao especialista bem cedo. Um exemplo clássico é quando o encaixe dos dentes se dá de forma invertida. É a chamada ‘mordida cruzada’. Outra situação que merece atenção especial é o prognatismo, quando uma das arcadas cresce ou se desenvolve mais em relação à outra. Já quando se desenvolve menos chamamos de retrognatismo”, explica Viola – destacando que sempre é tempo de tentar corrigir a mordida, mesmo para quem passou dos 50 anos.
O especialista afirma que, para avaliar a necessidade de uso de aparelhos, é necessário um bom exame clínico e diagnóstico feito por um profissional qualificado – geralmente, indicado pelo cirurgião-dentista da pessoa ou por amigos satisfeitos com os resultados do próprio tratamento.
“Os aparelhos ortodônticos também estão indicados quando o tamanho ou a forma das arcadas dentárias resulta na perda de eficiência ou limitação da função mastigatória, da respiração e até mesmo da fala. Há pacientes que, ao abrir a boca, sempre ouvem um estalo e aqueles que, por já terem dentes mal posicionados, não conseguem fechar a boca corretamente. Para esses, o tratamento é fundamental no sentido de devolver o bem-estar e a confiança de poder falar e se alimentar normalmente, sem constrangimentos”.
Apesar da evolução de conceitos e técnicas, Viola diz que em alguns casos ainda é necessário extrair um ou outro dente para criar espaço e permitir que a pessoa feche a boca com contato natural dos lábios.
“O importante é a regularidade com que o paciente frequenta a clínica de ortodontia para fazer os ajustes necessários. Mesmo que no início incomode um pouco, grande parte do sucesso do tratamento é justamente a participação do paciente, que deve seguir à risca todas as orientações e não descuidar da higiene bucal durante o período em que estará usando aparelho e mesmo depois, para ter uma boca saudável”.

Com relação aos adolescentes que estão usando aparelhos nos dentes apenas por modismo e sem consultar um especialista, o ortodontista alerta: “Um tratamento mal conduzido pode comprometer a estrutura dental, gerando desgaste excessivo dos dentes, problemas gengivais, perda de osso de sustentação e até mesmo perda do dente. As pessoas têm que saber que, uma vez iniciado, o tratamento deve ser levado com seriedade e que há casos com limitações. Além disso, a obtenção dos resultados depende da situação inicial encontrada. Pessoas que fumam ou com hábitos como respirar pela boca, projetar a língua e ranger os dentes, por exemplo, costumam levar mais tempo para atingir o resultado final. Daí ser tão importante a parceria firmada entre o paciente e o ortodontista”, conclui Marcelo Viola.

Nenhum comentário:

Postar um comentário