FONTE: TRIBUNA DA
BAHIA.
Dentes
alinhados e mordida correta garantem boa parte da beleza de um sorriso. Mas
quando há dentes apinhados, projetados, ou ainda mordidas cruzadas, por
exemplo, isso não apenas compromete a aparência, como também pode resultar em
problemas na mastigação, fala, respiração, dores de cabeça e até mesmo dores
que se estendem dos ouvidos até o pescoço.
A
partir de que idade é possível prevenir esse tipo de problema? Na opinião de
Marcelo Viola, professor da Escola de Aperfeiçoamento Profissional da
APCD (Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas), a idade ideal para
diagnosticar e tratar problemas ortodônticos é aos seis anos ou durante a troca
dos dentes de leite.
“Em
alguns casos, quando há suspeita ou diagnóstico de um problema mais acentuado
ou alguma deformidade craniofacial, é importante levar a criança ao
especialista bem cedo. Um exemplo clássico é quando o encaixe dos dentes se dá
de forma invertida. É a chamada ‘mordida cruzada’. Outra situação que merece
atenção especial é o prognatismo, quando uma das arcadas cresce ou se desenvolve
mais em relação à outra. Já quando se desenvolve menos chamamos de
retrognatismo”, explica Viola – destacando que sempre é tempo de tentar
corrigir a mordida, mesmo para quem passou dos 50 anos.
O
especialista afirma que, para avaliar a necessidade de uso de aparelhos, é
necessário um bom exame clínico e diagnóstico feito por um profissional
qualificado – geralmente, indicado pelo cirurgião-dentista da pessoa ou por
amigos satisfeitos com os resultados do próprio tratamento.
“Os
aparelhos ortodônticos também estão indicados quando o tamanho ou a forma das
arcadas dentárias resulta na perda de eficiência ou limitação da função
mastigatória, da respiração e até mesmo da fala. Há pacientes que, ao abrir a
boca, sempre ouvem um estalo e aqueles que, por já terem dentes mal
posicionados, não conseguem fechar a boca corretamente. Para esses, o
tratamento é fundamental no sentido de devolver o bem-estar e a confiança de
poder falar e se alimentar normalmente, sem constrangimentos”.
Apesar
da evolução de conceitos e técnicas, Viola diz que em alguns casos ainda é
necessário extrair um ou outro dente para criar espaço e permitir que a pessoa
feche a boca com contato natural dos lábios.
“O
importante é a regularidade com que o paciente frequenta a clínica de ortodontia
para fazer os ajustes necessários. Mesmo que no início incomode um pouco,
grande parte do sucesso do tratamento é justamente a participação do paciente,
que deve seguir à risca todas as orientações e não descuidar da higiene bucal
durante o período em que estará usando aparelho e mesmo depois, para ter uma
boca saudável”.
Com
relação aos adolescentes que estão usando aparelhos nos dentes apenas por
modismo e sem consultar um especialista, o ortodontista alerta: “Um tratamento
mal conduzido pode comprometer a estrutura dental, gerando desgaste excessivo
dos dentes, problemas gengivais, perda de osso de sustentação e até mesmo perda
do dente. As pessoas têm que saber que, uma vez iniciado, o tratamento deve ser
levado com seriedade e que há casos com limitações. Além disso, a obtenção dos
resultados depende da situação inicial encontrada. Pessoas que fumam ou com
hábitos como respirar pela boca, projetar a língua e ranger os dentes, por
exemplo, costumam levar mais tempo para atingir o resultado final. Daí ser tão
importante a parceria firmada entre o paciente e o ortodontista”, conclui
Marcelo Viola.
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