Um exame físico
anual, rotina para perto de 45 milhões de pessoas nos Estados Unidos, não é
necessário para permanecer saudável, mas é um bom jeito de formar uma relação com
seu médico.
De acordo com estudo
de 2012 do "BMJ Open", check-ups anuais não ajudam as pessoas a
evitar a morte, internações hospitalares, preocupações nem consultas futuras.
Além disso, o exame físico pode levar a procedimentos desnecessários que colocam
o paciente em risco em função de complicações, elevando os custos médicos.
Entretanto, "se
você não passar por um exame completo, quer dizer que só consulta o médico
quando está doente, isso não faz sentido algum", afirmou o Dr. Pieter
Cohen, especialista em clínica médica da Cambridge Health Alliance e professor
assistente de Medicina em Harvard.
O check-up é um bom
momento para pacientes e médicos conversarem sobre medicamentos e se seus
benefícios ainda superam possíveis efeitos colaterais, acrescentou Cohen. O
exame também dá ao médico e ao paciente a chance de se conhecerem sem o
desgaste de uma crise, afirmou o David Himmelstein, professor da Universidade
da Cidade de Nova York.
"Acho que cuido
melhor das pessoas se sei quem são e tenho alguma ligação com elas", disse
Himmelstein.
A maior preocupação
com o check-up, explicou Cohen, é o fato de eles serem planejados para as
necessidades das seguradoras e não dos pacientes.
"Essa ideia do
que chamamos de exame de rotina é uma criação completamente arbitrária baseada
no faturamento", declarou Cohen. Por exemplo, os médicos devem perguntar
sobre sintomas em cada sistema orgânico, mesmo que o paciente tenha
preocupações mais limitadas.
Para Himmelstein, a
solução não é excluir o check-up anual e, sim, aprimorá-lo. Ele sugeriu que se
estabelecesse mais tempo para uma interação genuína entre médico e paciente,
gastando menos tempo em exames de pouco valor e que elevam o risco do excesso
de tratamento.
Nenhum comentário:
Postar um comentário