FONTE: *** Jairo Bouer (doutorjairo.blogosfera.uol.com.br).
O consumo de bebidas
alcoólicas misturadas com energéticos, que contêm níveis altos de cafeína, pode
desencadear mudanças no cérebro dos adolescentes comparáveis às produzidas pelo
uso de cocaína, de acordo com um estudo feito em ratos.
Segundo pesquisadores
da Universidade Purdue, nos Estados Unidos, essas alterações envolvem o sistema
de recompensa do cérebro e podem se estender até a idade adulta.
Bebidas energéticas
costumam contar com uma dose de cafeína dez vezes maior que a de refrigerantes.
Como são doces, costumam ser usadas pelos jovens para deixar a bebida com sabor
mais agradável e também para ter mais pique durante a balada.
Os pesquisadores
testaram a mistura em ratos adolescentes e compararam os efeitos a animais que
receberam placebo, ou seja, uma substância inerte. Nos que receberam álcool com
energéticos, a equipe detectou sinais físicos e neuroquímicos similares aos
observados em camundongos que receberam cocaína.
Os ratos que
receberam álcool e cafeína, quando jovens, tornaram-se menos sensíveis aos
efeitos prazerosos da cocaína ao chegar na idade adulta. Isso significa que
esses indivíduos teriam que consumir uma quantidade maior da droga para obter
os mesmos efeitos. Esses mesmos animais apresentaram uma tendência maior a
consumir açúcar mais tarde – vale lembrar que doces também ativam o sistema de
recompensa do cérebro.
Os resultados foram
publicados na revista científica PLoS ONE.
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