A
bandeira tarifária para o mês de novembro no Brasil será amarela, o que
representa custo de 1,50 real a cada 100 kWh consumidos, informou na
sexta-feira a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
A
agência justificou a decisão com uma situação menos favorável nos reservatórios
das hidrelétricas devido a chuvas abaixo da média, o que faz com que
termelétricas mais caras tenham que ser despachadas.
O
anúncio foi feito após o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) ter estimado,
na sexta-feira, que as chuvas nas regiões de hidrelétricas no Nordeste
deverão ficar em 28 por cento da média história em novembro.
As
barragens da região Nordeste, que têm sofrido fortemente com a seca há alguns
anos, estão com apenas 11,4 por cento da capacidade de água.
No
Sudeste e Centro-Oeste, áreas que concentram os maiores reservatórios do país,
os reservatórios das hidrelétricas também estão relativamente baixos, em 35 por
cento, ainda que o período chuvoso não tenha efetivamente começado, enquanto o
ONS vê chuvas em novembro em 82 por cento da média história para o Sudeste.
Em
outubro, as precipitações nos reservatórios também ficaram abaixo da média
histórica em todos os submercados de energia, informou a Câmara de
Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
Pela
condição hidrológica, a cotação da eletricidade no mercado de curto prazo
medida pelo Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) teve alta de 41 por cento
ante a semana anterior em todas as regiões, para 233,01 reais/MWh.
Essa
condição menos favorável nas hidrelétricas, afirmou a Aneel, foi determinante
para o acionamento de termelétricas com Custo Variável Unitário (CVU) acima de
211,28 reais e consequente impacto no custo marginal de operação em todos os
submercados.
A
bandeira estava verde --o que não resulta em custo adicional ao consumidor--
desde abril, quando o governo iniciou um processo de desligamento de térmicas
mais caras.
As
bandeiras tarifárias foram criadas pela Aneel com o objetivo de sinalizar aos
consumidores os custos reais da geração de energia elétrica.
*** Por Luciano Costa
e Roberto Samora.
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