FONTE: Andreia Verdélio, da Agência Brasil, CORREIO DA BAHIA.
A psoríase é
uma doença crônica, grave e não transmissível. Ela causa vermelhidão e
irritação na pele.
No
Dia Mundial de Conscientização da Psoríase, no último domingo (30), a
coordenadora do ambulatório de psoríase do Hospital Regional da Asa Norte
(Hran), em Brasília, Letícia Oba Galvão, alertou que o principal problema do
paciente ainda é a discriminação. “Como são lesões na pele, placas vermelhas
descamativas, as pessoas leigas acham que é contagioso. Por isso, o paciente
acaba se fechando, se cobre e não procura um tratamento”, afirmou.
A
dermatologista explicou que, apesar de incomodar, com coceiras e ardência na
pele, com o tratamento adequado o paciente consegue conviver com a lesão e
melhorar sua qualidade de vida. O bancário Edgar Teixeira Dias, de 53 anos,
convive há 14 anos com a psoríase e disse que as pessoas sofrem muito preconceito.
“Apesar de não ser transmissível, há muita discriminação. As pessoas olham as
lesões e se assustam sem saber o que é. O aspecto da doença choca as pessoas,
faz com que elas se afastem e isso cria uma dificuldade a mais para os
portadores”, informou Edgar, que é presidente da Associação Brasiliense de
Psoríase.
A
psoríase é uma doença crônica, grave e não transmissível. Ela causa vermelhidão
e irritação na pele. As áreas mais acometidas pelas lesões são cotovelos,
joelhos e couro cabeludo. O tratamento varia conforme o grau de gravidade.
“Quadros leves são tratados com pomadas. Conforme as estatísticas, 30% a 40%
dos quadros são leves. Como é uma doença crônica, às vezes o paciente cansa de
ficar cuidando, mas alguns ficam com o quadro leve a vida toda”, acrescentou
Letícia.
Ela
esclareceu que os quadros mais graves podem levar a comprometimentos
definitivos nas articulações. Além disso, os pacientes de psoríase têm mais
chances de ter eventos cardiovasculares, como infartos e pressão alta, e
síndromes metabólicas em geral, como diabetes e obesidades. “Por isso, quadros
moderados e graves exigem o acompanhamento mais contínuo”.
O
Distrito Federal conta com ambulatórios de referência no Hran e no Hospital
Universitário de Brasília. Segundo Letícia, o Sistema Único de Saúde oferece
tratamento para a artrite psoriásica, enquanto a Secretaria de Saúde do
Distrito Federal fornece tratamento especial para psoríase grave nesses dois
ambulatórios.
A
doença atinge de 1% a 3% da população mundial. A maior incidência é em
caucasianos, entre 30 e 50 anos. O estado emocional do paciente também
interfere no desenvolvimento das lesões. “O paciente fica mais nervoso quando
passa por períodos de estresse. Nesse caso, ele tem um piora do quadro”,
finalizou a dermatologista.
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