FONTE: Do UOL, em São Paulo (noticias.uol.com.br).
A espinha pode acabar com sua
autoestima, mas calma: a longo prazo, você pode ser mais feliz. Um estudo
publicado no periódico Journal of Investigative Dermatology apontou que
quem tem espinha resiste mais ao processo de envelhecimento do que o resto da
população.
Ou seja: as pessoas com acnes
terão uma pele com aparência jovem por mais tempo. Principal autora do
estudo, Simone Ribero, uma dermatologista do King College de Londres,
afirmou que a descoberta confirma tendências observadas por médicos da área.
"Por anos, dermatologista
identificaram que a pele de quem sofre de acne aparenta envelhecer mais devagar
do que daqueles que não têm acne em nenhum momento. Apesar disso ser observado
em exames clínicos, a causa até agora não era clara". Simone Ribero.
A pesquisa comparou informação
genética de mulheres com e sem espinhas – foram usadas 1.205 gêmeas, sendo que
um quarto disse já ter tido acne. O resultado desses dados apontou que as
mulheres com acnes apresentam telômeros (estruturas que formam as extremidades
dos cromossomos nas células) mais duradouros do que as mulheres sem acnes.
O que isto significa? Na prática, as
mulheres que já apresentaram espinha ao longo da vida têm suas células mais
protegidas da deterioração que ocorre com o passar dos anos.
Os telômeros são estruturas que
protegem o DNA no fim de nossos cromossomos – pense neles como aquele pequeno
plástico no topo dos nossos cadarços. A cada vez que a célula se divide, o
telômero diminui, até o ponto em que a célula não pode se replicar.
Quando a célula não pode mais se
dividir, ela ou morre ou não funciona mais corretamente. O processo que
deixa o telômero curto já foi associado ao envelhecimento, ao câncer e até a um
risco maior de morte --fumo e obesidade aceleram o processo de encurtamento
do telômero.
A pesquisa tem algumas limitações. A
maior é que os pesquisadores só foram capazes de estabelecer uma ligação entre
a duração dos telômeros, as pessoas com espinha e o envelhecimento mais
devagar. Contudo, não foi apontada a causa biológica que explique por que as
pessoas com acne têm um processo mais lento de encurtamento dos telômeros.
Telômeros à parte, o estudo é um
alento para quem sofre com espinha agora. Quem ri por último, ri melhor.
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