FONTE: Gabriele Galvão, TRIBUNA DA BAHIA.
O médico afirmou que o
diagnóstico deve ser o mais precoce possível.
Dor
abdominal na região do estômago, podendo ser difusa, com náuseas, vômitos e
sensação de estômago cheio são sintomas de uma possível Apendicite Aguda,
causada por inflamação do apêndice. Dados da Secretaria da Saúde do Estado da
Bahia revelam que no ano passado houve 4.816 internações por doenças do
apêndice no Estado, sendo predominante a faixa etária entre 20 a 49 anos, com
2.340 deste total.
A falta
de uma alimentação adequada pode ser um dos fatores que contribuem para o
transtorno. Segundo o cirurgião do Hapvida, Leonardo Ferrari, não há uma forma
de prevenção da doença, mas inserir alimentos ricos em fibras é uma maneira de
reduzir os riscos da doença. “Esse alimentos facilitam o trânsito intestinal e
diminui a incidência de obstrução do órgão. Mas não elimina totalmente a chance
de ter apendicite. É um problema que pode acontecer com qualquer um”, frisou.
O
especialista disse que o tratamento para a doença é sempre cirúrgico.
“Atualmente, se faz por laparosocopia, com três pequenas incisões. Se em
estágio avançado, ou em situações específicas, pode ser feita na forma
convencional, através de um corte maior no abdômen”, afirmou, esclarecendo que,
o diagnóstico pode ser apenas clínico, com a história típica da dor, febre,
desconforto gastrointestinal. Porém, na maioria das vezes, precisa se associar
alguns exames complementares, como hemograma, que vai apresentar o aumento dos
leucócitos, e exames de imagem, como ultrassonografia ou tomografia, que vão mostrar
o apêndice inflamado.
Leonardo
Ferrari ressaltou que, “o diagnóstico nas mulheres se torna um pouco mais
difícil, pelo fato das doenças associadas aos ovários e às trompas confundirem,
na maioria das vezes”. Segundo ele, a apendicite é mais comum na população de
10 aos 50 anos, com maior incidência em torno dos 30 anos, sem grande diferença
entre os sexos. “Mas há casos em todas as idades”, enfatizou.
Doença.
O superintendente executivo do Hospital da Bahia, Marcelo Zollinger, disse que
a prevalência é de 7% na população geral no mundo.
“Mais
prevalente no adulto jovem do sexo masculino, tendo seu pico entre os 15 e 19
anos. É a maior causa de abdômen agudo cirúrgico no mundo”, revelou, observando
que, o maior perigo é a apendicite em pacientes idosos, pelo fato da
apresentação clínica ser diferente na grande maioria dos casos, mascarando
quase sempre o diagnóstico. “Outro grupo que preocupa são os pacientes
diabéticos, pela possibilidade de termos uma evolução muito rápida e de
conseqüências imprevisíveis”, afirmou.
O
cirurgião Leonardo Ferrari explicou que uma das causas mais comuns da
apendicite é a entrada de fezes no apêndice ou o traumatismo direto no
apêndice, causando sua ruptura ou impedindo o fluxo de sangue no local. “A
doença causa uma inflamação no apêndice cecal, órgão que está localizado no
início do intestino grosso, no baixo ventre à direita que além da dor abdominal
na região do estômago, pode aparecer dor também perto do umbigo e geralmente
migra para a fossa ilíaca direita (do lado direito e baixo do abdômen). Pode ou
não ter febre”, relatou.
O
médico afirmou que o diagnóstico deve ser o mais precoce possível. “Quanto mais
tempo demora, aumenta a chance de surgir um quadro grave de infecção (sepse),
que pode levar até a morte”, observou.
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