"Suspeito que
tenho depressão. Como é feito o diagnóstico da doença? Existem exames para
isso?".
O diagnóstico da
depressão é feito de maneira clínica, geralmente por meio de uma conversa com
um psiquiatra. O médico aplica um questionário com avaliação de diversos sinais
e sintomas. A doença possui múltiplas formas de apresentação, mas um dos
sintomas que todo paciente tem é a tristeza ou o desprazer com a vida. E a
depressão não é momentânea como a tristeza comum, e também, muitas vezes, não
tem um motivo evidente.
Além de analisar os
sentimentos e as emoções do paciente, o especialista avalia os sintomas
físicos, como falta de energia, apetite e sono, além de sintomas cognitivos,
como falta de concentração e dificuldades com a memória.
Não há exames clínicos
que confirmam ou detectam a depressão. O médico costuma
pedir exames por outros motivos, já que outras doenças psiquiátricas e não
psiquiátricas podem estar associadas à depressão, desencadeando-a ou perpetuando
os sintomas depressivos, como o hipotireoidismo.
Apesar de o psiquiatra
ser o especialista no assunto, o diagnóstico não é necessariamente feito por
ele. Boa parte dos casos é detectada pelo clínico geral ou pelo
ginecologista, que acabam encaminhando o paciente para o psiquiatra. Muitas
vezes a depressão ainda é identificada com o psicólogo, geralmente procurado
com maior frequência, que também encaminha para o especialista. Se o indivíduo
não tem acesso a um psiquiatra, um clínico geral também está habilitado para
tratar inicialmente uma depressão.
*** Fontes: Antônio
Geraldo da Silva, superintendente técnico e diretor tesoureiro da ABP
(Associação Brasileira de Psiquiatria), presidente eleito da APAL (Associação
Psiquiátrica da América Latina); Fernando Fernandes, médico psiquiatra do
Programa de Transtornos do Humor do IPq (Instituto de Psiquiatria) da USP,
coordenador do programa de tratamento de depressão.
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