segunda-feira, 28 de maio de 2018

ESTUDA USA FACEBOOK PARA AJUDAR JOVENS ADULTOS A PARAREM DE FUMAR...


FONTE:, em São Paulo, http://vivabem.uol.com.br




Um novo ensaio clínico descobriu que os fumantes têm 2,5 vezes mais chances de deixar o cigarro após três meses de tratamento baseado no Facebook, do que se fossem encaminhados a outro tipo de programa online visando o mesmo fim.

Para o estudo, os pesquisadores criaram o Tobacco Status Project, um programa motivacional de 90 dias no qual os participantes foram separados em grupos privados no Facebook, adaptados à vontade de cada um para deixar de fumar.

A intervenção consistiu em vários métodos, incluindo posts diários, sessões semanais de perguntas e respostas ao vivo, além de sessões semanais de aconselhamento cognitivo-comportamental ao vivo com um conselheiro especializado no tema.

Este foi o primeiro estudo a testar a eficácia de uma intervenção sobre o tabagismo feita inteiramente nesta rede social e também a utilizar a abstinência bioquímica do fumo. Os resultados foram publicados na revista Addiction.

O grupo de controle recebeu um encaminhamento para o site Smokefree.gov, do National Cancer Institute, e foi encorajado a usá-lo ativamente durante o período do estudo.

A amostra foi semelhante a população de fumantes dos Estados Unidos. Ao todo, 500 pessoas participaram: 45% eram homens, 73% eram brancos e 87% eram fumantes diários. A média de idade foi de 21 anos. Os participantes não precisaram parar de fumar para participar do estudo.

Os autores avaliaram a abstinência no início, depois aos três, seis e 12 meses. Todos tinham a chance de receber um incentivo monetário total possível de US$ 100 (R$ 367, em média).

Resultados.
A conclusão dos pesquisadores é que a mídia social teve um efeito significativo no sentido de fazer os participantes deixarem de fumar durante esse período de 90 dias, quando a intervenção estava ativa, embora esse efeito não tenha se sustentado no período de um ano, durante as avaliações de acompanhamento.

Os pesquisadores não forneceram reposição de nicotina, nem os participantes do estudo relataram usá-la, mas observou-se que essa reposição, juntamente com o tratamento online, pode ajudar a melhorar as taxas de desistência em estudos futuros.

"Intervenções digitais podem às vezes sofrer com baixo engajamento. Contudo, vimos mais de três quartos dos participantes do projeto comentando a intervenção, com uma média de 31 participações no período", disse Danielle Ramo, primeira autora do estudo.

"Também observamos uma diferença significativa no final do tratamento. Isso é empolgante e foi altamente envolvente para os participantes. Consideramos ser uma forma de intervenção que realmente atrai os jovens."

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