Com base em dados
científicos colhidos mundo afora, o psiquiatra Fernando Asbahr, do Instituto de
Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo
estima que cerca de 10% das crianças e dos adolescentes já sofrem de ansiedade.
“Juntos, transtornos do tipo representam os quadros psiquiátricos mais
frequentes nessa população”, diz o médico.
Não falamos de um
simples nervosismo antes de uma prova. Trata-se de um prejuízo mais intenso no
dia a dia. “Só que nem sempre ele chega a ser incapacitante”, pondera o
psiquiatra. Por isso, Asbahr chama atenção para o principal desafio hoje: a
detecção dos casos leves. Até porque a tendência é a situação se agravar ou
predispor a outros distúrbios, como depressão.
Possíveis
causas ou gatilhos.
O desenvolvimento da
ansiedade depende de uma predisposição genética. Mas alguns fatores dão sua
contribuição:
- Viver em ambientes estressantes,
com familiares que vivem preocupados
- Separação dos pais
- Ser vítima de bullying
Fique atento aos sinais
e sintomas.
Receio de ficar só: se
os pais estão fora, o jovem os monitora. Para os menorzinhos, a adaptação na
escola demora mais.
Timidez excessiva: quando
a professora chama diante da sala, por exemplo, o desconforto chega a
paralisar.
Difícil interação: a
criança ou o adolescente têm dificuldade de fazer um pedido para o garçom ou
vendedor de uma loja.
Tenso demais: sofre-se
por antecipação. Muitas vezes, surgem queixas físicas, como dor de cabeça ou de
barriga.
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