O presidente da
Universidade do Sul da Califórnia (USC), C.L. Max Nikias, renunciou na
sexta-feira (25), em meio ao escândalo por abuso sexual envolvendo um
ginecologista da instituição.
O Conselho de
Administração informou na tarde desta sexta-feira que a USC acertou
"iniciar uma transição ordenada e o processo de eleição de um novo
presidente" para substituir Max Nikias, no cargo desde 2010.
"Reconhecemos a
necessidade de mudança e estamos comprometidos com uma transição estável.
Tenham em conta que nossas ações serão rápidas e exaustivas, mas pedimos sua
paciência enquanto administramos este processo complexo", destaca o
comunicado do Conselho.
Na terça-feira, 200
professores pediram a renúncia de Max Nikias, que "fracassou em proteger
nossas estudantes, nossa equipe e nossas colegas de um repetido e perverso
assédio e abuso sexual", atribuído ao ginecologista George Tyndall.
Duas ações coletivas
foram apresentadas à Corte Superior de Los Angeles "em nome de milhares de
estudantes" que alegam ser vítimas do médico.
Tyndall trabalhou por
anos como ginecologista da USC e, segundo as denúncias, a universidade
"ignorou ativamente inúmeras queixas de abuso sexual feitas por suas
estudantes", no intuito de "proteger sua reputação e suas
finanças".
A USC chegou a um
acordo amigável com Tyndall em 2017, um ano após ser colocado em licença para
uma investigação interna que incluiu queixas documentadas desde 2000 e que
destacavam constantes comentários sexuais e racistas em suas consultas, e a
descoberta de uma caixa com fotografia das genitálias de suas pacientes.
O advogado John Manly
revelou que 200 ex-alunas da USC contactaram uma linha telefônica colocada à
disposição pela universidade para coletar informações sobre Tyndall.
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