FONTE:, https://vivabem.uol.com.br
Sabe-se há muito tempo
que o vírus HIV, que causa a AIDS, desabilita as células do sistema
imunológico. Mas recentemente os pesquisadores também descobriram que o vírus
também tem como alvo o cérebro e a medula espinhal, e que pode permanecer
adormecido no corpo de uma pessoa por muitos anos. O problema é que com o
HIV no cérebro, doenças relacionadas à idade se desenvolvem muito antes que o
normal, incluindo Alzheimer e Parkinson, bem como uma maior suscetibilidade
à dependência de drogas.
Embora as terapias
antirretrovirais reduzam as cargas do vírus para níveis indetectáveis ??no
sangue, o HIV pode se esconder dentro do sistema nervoso central, onde pode se
integrar aos genomas de células cerebrais chamadas microglia --as células
imunes do cérebro. Agora, cientistas da Universidade da Flórida, nos Estados
Unidos, decidiram entender por que isso ocorre.
Os pesquisadores usaram
um rato para controlar os níveis de proteína viral do HIV, a fim de sondar a
ligação entre a infecção pelo vírus e a doença neurológica. O laboratório
descobriu que uma proteína do HIV reduz o nível de outra proteína importante
para a produção de dopamina no cérebro. A dopamina é produzida por
neurônios no sistema nervoso central e por células do sistema imunológico no
sangue.
Quando as células
microgliais secretam a proteína do HIV, ela é capaz de entrar nos neurônios
dopaminérgicos e diminuir sua atividade de modo a produzir menos dopamina. Isso
reduz sua capacidade de se comunicar com outras células do cérebro, o que pode
prejudicar a capacidade de se mover e recompensar comportamentos relacionados.
Além disso, baixos níveis de dopamina em uma área do cérebro chamada
substantia nigra é uma característica do Parkinson e predispõe os pacientes
à depressão e dependência de drogas como metanfetamina e cocaína.
“Apesar dos remédios
disponíveis, há claramente mais coisas para fazer no tratamento do HIV que
reduzam os níveis do vírus no sangue, principalmente no que diz respeito às
consequências a longo prazo da infecção no cérebro”, diz Doug Miller, um dos
autores do estudo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário