A internet é uma ótima
aliada para crianças e jovens, abrindo portas para o conhecimento,
entretenimento e até socialização. Mas ela pode ser uma ferramenta perigosa aos
filhos quando utilizada sem certas precauções. Bruno Prado, especialista em
segurança na internet, indica os perigos do mundo virtual e os cuidados que
devem ser tomados ao entregar um celular para crianças.
Cyberbullying.
O bullying, violência
em forma de “brincadeira” na escolas, é um problema antigo pelo qual muitos
jovens passam e que podem gerar diversas consequências no desenvolvimento da
personalidade do indivíduo. “Na era moderna, o bullying ganhou uma nova
roupagem e transcendeu o horário das aulas. As humilhações chegaram às redes
sociais, causando um sofrimento interminável à vítima”, salienta Prado.
Como evitar: Nesses
casos, os pais devem ficar atentos a possíveis mudanças de comportamento dos
filhos e estabelecer um diálogo para o acompanhamento psicológico.
Superexposição.
Todo mundo compartilha
suas experiências nas redes sociais, indica os locais que costumam frequentar e
posta fotos em momentos de lazer e até de intimidade. Ao dar um celular para
crianças, fique alerta: “Essas informações são vestígios que ajudam
qualquer desconhecido a identificar facilmente onde o jovem estuda e passeia,
sua classe social e quem são seus parentes. Assim, fica muito mais fácil de se
tornar um alvo de crimes”, salienta o especialista.
Como evitar: configure
as permissões dos aplicativos para definir quem pode visualizar as postagens.
Uma conversa também é válida para apresentar os riscos da superexposição e
orientar o que pode ou não ser compartilhado.
Conteúdos
impróprios.
“Conversas e grupos em
aplicativos de mensagens instantâneas são um meio eficiente para conversas com
familiares e amigos, compartilhamento de imagens e vídeos de piadas, por
exemplo. Ao mesmo tempo, alguns conteúdos podem ser ofensivos e/ou impróprios
para as crianças”, ressalta Prado.
Como evitar: autorize
a utilização desses aplicativos somente após uma idade mais avançada.
Criminosos virtuais.
As redes sociais são
ótimas para conhecer pessoas com as mesmas afinidades e fazer novos amigos, mas
também há o risco de encontrar gente mal intencionada. “Esses criminosos
procuram se aproximar das vítimas até ganhar a confiança para organizar um
encontro no mundo real, o que é uma armadilha para diversos golpes. Muitas
vezes, as crianças dão abertura aos estranhos em busca de uma atenção que não
recebem em casa”, comenta o especialista.
Como evitar: a
proximidade e o diálogo com os filhos são fundamentais para prevenir sobre os
riscos e saber com quem eles estão conversando.
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