FONTE:, https://vivabem.uol.com.br
De acordo com um novo
estudo publicado no periódico Nature, cápsulas de gordura de pouco mais
de cem nanômetros de tamanho poderiam ser usadas para infiltrar drogas em uma
das fronteiras mais difíceis do corpo: o cérebro. A ideia é que essas
nanopartículas mirem especificamente no glioblastoma, um tipo de câncer
cerebral agressivo.
Colocar qualquer coisa
no cérebro por meio da corrente sanguínea é complicado
devido a uma parede de células fortemente interconectadas que ficam no caminho.
Essa barreira hematoencefálica tem uma função importante, pois impede que
bactérias e vírus entrem na massa cinzenta e causem estragos no cérebro, mas
essa muralha também torna muito mais difícil a absorção de moléculas estranhas
no cérebro, como as toxinas usadas para atacar cânceres.
Para resolver o
problema, cientistas do MIT, nos Estados Unidos, projetaram cápsulas que
poderiam atravessar a barreira e atingir o tumor as testaram em camundongos. As
nanopartículas são cápsulas lipídicas recheadas de remédios usados na
quimioterapia. Os pesquisadores revestiram as drogas em um tipo de proteína
de ligação de ferro chamada transferrina, juntamente com uma substância química
chamada polietilenoglicol. Uma vez do outro lado, essas moléculas de
transferrina se atém a receptores similares usados ??pelo tumor, ignorando o
tecido cerebral saudável.
Os ratos cancerosos que
receberam doses diárias das partículas sobreviveram até duas vezes mais do que
os animais que não receberam tratamento. Eles também mostraram
menos danos ao tecido não-cancerígeno das drogas, em comparação com os ratos
que receberam tratamento de forma convencional.
"Nosso objetivo
era ter algo que pudesse ser facilmente traduzido, usando componentes
sintéticos simples ", diz o principal autor do estudo, Fred Lam. De acordo
com os pesquisadores, até agora, os testes só foram realizados em camundongos,
mas se tudo correr bem, as cápsulas poderão fornecer um tratamento para tumores
que normalmente tiram a vida de um paciente dentro de apenas 15 meses após o
diagnóstico.
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