Escolher o método
contraceptivo certo para você é fundamental na prevenção da gravidez. O
anticoncepcional pode ser a pílula, mais conhecida e usada pela maioria das
mulheres, ou pode ser aplicado também como injeção ou adesivo.
Todos eles funcionam
imitando os hormônios naturais da mulher (estrógeno e progesterona), que
controlam o ciclo menstrual. Este ciclo natural ocorre através da oscilação desses
dois hormônios no organismo, culminando na ovulação. A ginecologista Karina
Zulli, do Hospital e Maternidade São Luiz, em São Paulo, explica que a
administração dos hormônios sintéticos através do anticoncepcional é uma
tentativa de "enganar" o organismo e não deixar que os hormônios
naturais atuem e que haja ovulação. "São métodos muito eficazes quando
usados de forma correta e consistentemente, mas nenhum deles deve ser usado sem
orientação médica", diz.
As desvantagens e
vantagens de cada um dos métodos, de acordo com a ginecologista, dependem da
escolha da paciente juntamente ao médico ginecologista e variam de acordo com
questões individuais, como melhorar a qualidade de vida, diminuir os sintomas
da TPM, ou apenas como método contraceptivo. "O método mais eficaz é
aquele que garantirá à paciente os melhores benefícios, garantindo, então,
melhor adesão", afirma.
Segundo ela, todos eles
apresentam falhas, ainda que baixas. A taxa é medida de acordo com o Índice de
Pearl, uma fórmula que avalia a eficácia de um método contraceptivo, levando em
consideração quantas mulheres em cada 100 usuárias de um determinado método
engravidam no primeiro ano. No caso da pílula, a taxa é de 0,3 a 1,25%. Nos
injetáveis, 0,1 a 0,4%. E nos adesivos, 0,88%.
A pílula ainda é o mais
popular entre as mulheres. A ginecologista acredita que, por ser um dos métodos
mais antigos no mercado, proporciona o conceito de que funciona, além de ser
mais simples de usar e mais barata. Outra vantagem, segundo ela, é que, diante
de efeitos colaterais indesejáveis, a suspensão torna-se simples, basta
interromper o uso. "É importante esclarecer que os anticoncepcionais
jamais devem ser usado por pacientes fumantes ou com história prévia de
tromboembolismo. E nenhum contraceptivo hormonal funciona na prevenção de
doenças sexualmente transmissíveis, por isso o uso da camisinha é
imprescindível", finaliza.
Para entender um pouco
mais as diferenças entre cada um deles, confira abaixo as explicações da
ginecologista:
Pílulas: No
primeiro mês, o primeiro comprimido deve ser tomado no primeiro dia do ciclo
menstrual e, em seguida, um por dia, de preferência no mesmo horário, até o fim
da cartela, fazendo então um intervalo que varia de acordo com o número de
comprimidos da cartela. Em caso de esquecimento, deve ser tomada imediatamente,
até mesmo duas na mesma hora. Se esquecer duas ou mais, pode interromper a
cartela até a próxima menstruação.
Injeções: Devem
ser aplicadas mensalmente ou trimestralmente na região glútea ou nádegas, sem
massagear o local depois da aplicação.
Adesivos: O
primeiro deve ser colocado no primeiro dia da menstruação e trocado a cada
semana. São três adesivos no total. Após o terceiro, é recomendável uma pausa
de uma semana, quando, geralmente, acontece a menstruação e então recomeça uma
nova cartela. O adesivo pode ser colado na pele limpa e seca, em locais onde
haja depósitos de gordura, como parte posterior do braço, abdômen, costas ou
nádegas. No banho, é preciso ficar atento para não descolar. Se isso ocorrer,
deverá ser trocado.
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