O Grêmio
vai buscar títulos em 2019, mas também uma vitória fora de campo. O clube
gaúcho olha para o novo ano com a compra dos direitos de superfície da Arena
entre suas metas. O estádio, inaugurado no final de 2012, segue sendo
controlado por empresa ligada à OAS. A situação atual depende de avanço em
acordo sobre o entorno o complexo, no bairro do Humaitá, zona norte de Porto
Alegre.
A compra dos direitos
de gestão da Arena do Grêmio é tema antigo no clube. Ainda em 2013, na gestão
Fábio Koff, houve início das negociações. Desde 2017, a diretoria gremista
adotou recuo estratégico e aguarda resolução do impasse sobre obras do entorno.
"Faz parte da
estratégia do clube (obter acordo para compra da gestão da Arena). Estamos
aguardando soluções que não dependem do Grêmio. O Grêmio aguarda soluções e
elas estão andando? Tem a situação do entorno, que passa pela prefeitura,
Ministério Público, entendimento pelo Tribunal de Contas e pelo financiador da
obra que agora é Karagounis junto com a OAS. Destravado isso, abre-se a
possibilidade de recomeçar e já tivemos reuniões com o Banrisul e sindicato de
bancos para seguirmos de onde paramos. O Grêmio nunca perdeu de vista esse
horizonte. Seria e vai ser, se Deus quiser, um fato relevante e estratégico.
Será algo que vamos perseguir durante 2019", disse Romildo Bolzan Jr.,
presidente do Grêmio.
A Karagounis
Participações é controlada por fundo imobiliário controlado que tem a Caixa
como uma de suas acionistas. A empresa foi responsável pela construção das
torres residenciais ao lado do estádio do Grêmio. É ela, Karagounis, quem deve
assumir a responsabilidade pelas obras na malha viária no entorno do estádio. O
pacto de obras no entorno é relevante para a Karagounis e destrava o acerto com
o Grêmio para troca de chaves envolvendo Arena e estádio Olímpico, inativo
desde o início de 2013.
A gestão da Arena do
Grêmio é vista como estratégica pelo lado financeiro. Hoje, o clube gaúcho não
fica com a renda dos jogos. Os valores são divididos para custeio de manutenção
e repasse ao fundo que abate dívida que financiou a obra. Além disso, vai
possibilitar autonomia em assuntos do dia a dia. A manutenção do gramado é um
dos temas que gera incômodo e segue nas mãos da empresa que administra o
estádio.
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