Foi confirmada na quinta-feira (25) a primeira morte
de febre do Nilo Ocidental no Brasil. Segundo a Secretaria
de Estado de Saúde do Piauí, uma idosa morreu na cidade de Piripiri e o caso
foi notificado em 2017, mas os laudos finais foram liberados somente neste mês.
Em 2014, o estado já havia confirmado a primeira ocorrência da doença.
A doença é uma infecção
viral causada por mosquitos infectados, principalmente do gênero Culex. Seu
principal fator de risco é viver em áreas rurais e silvestres que contenham o
pernilongo infectado. Em casos mais raros, a transmissão pode ocorrer por transfusão
sanguínea, transplante de órgãos, aleitamento materno e transmissão
transplacentária.
Sintomas
da Febre do Nilo Ocidental.
De acordo com o
Ministério as Saúde, dependendo da gravidade do quadro, os sintomas podem não
aparecer. Estima-se que apenas 20% dos indivíduos infectados pelo vírus
desenvolvam sintomas leves, entre 3 e 14 dias após a picada. A forma leve da
doença caracteriza-se pelos seguintes sinais: febre aguda de início
abrupto, frequentemente acompanhada de mal-estar, perda de peso excessiva, náusea, vômito, dor nos olhos, dor de cabeça, dor muscular, exantema máculo-papular
e linfoadenopatia.
Não é comum que a
doença mate --os óbitos acontecem em casos raríssimos, com falta de tratamento
adequado. As formas mais graves ocorrem com maior frequência em indivíduos com
idade superior a 50, mas em geral, são atípicas. Apenas em cada 150 infectados
desenvolve doenças neurológicas severas como meningite, encefalite e
poliomielite.
Em menos de 1% das
pessoas infectadas, o vírus causa uma infecção neurológica grave, incluindo
inflamação do cérebro (encefalite) e das membranas que envolvem o cérebro e a
medula espinhal (meningite). A Síndrome de Guillain-Barré também pode aparecer,
assim como em outros tipos de infecção.
Tratamento.
Não existe vacina ou
tratamento antiviral específico para a Febre do Nilo Ocidental. Após confirmado
o diagnóstico por meio de exames, inicia-se o tratamento para redução da febre
e outros sintomas. Para casos leves, analgésicos podem ajudar a aliviar dores
de cabeça leves e dores musculares, mas é importante ressaltar que nenhum tipo
de medicamento deve ser usado sem orientação médica.
Em casos mais graves,
os pacientes necessitam de hospitalização para tratamento de suporte, com
reposição intravenosa de fluidos, suporte respiratório e prevenção de infecções
secundárias, além de tratamento específicos para aqueles que apresentam
encefalites ou menigoencefelite em sua forma severa.
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