O que é viver bem para
um adulto? Ter um bom emprego, amigos, romances, saúde física e mental são
alguns fatores que contribuem para isso. Mas para chegar lá é preciso ter um
bom começo. De acordo com pesquisadores da Universidade de Washington, nos EUA,
ter laços fortes com a família e com a escola na infância é algo que aumenta as
chances de uma vida satisfatória aos 30 anos de idade.
O estudo contou com
mais de 800 norte-americanos na faixa dos 30 anos de idade, que foram
acompanhados desde os 11 anos de idade. Segundo os resultados, os
relacionamentos formados nessa época podem ter impacto significativo na saúde e
até no status socioeconômico dos jovens nas décadas seguintes.
Os participantes da
pesquisa, conhecida como o Projeto de Desenvolvimento Social de Seattle,
responderam a pesquisas ao longo dos anos sobre saúde, estilo de vida e criação
dos filhos. Alguns dos integrantes foram submetidos a intervenções para
estimular o vínculo das crianças com a família e a escola, durante o ensino
fundamental. Depois, os pesquisadores compararam a trajetória de todos.
A equipe constatou que
intervir na infância, com orientações para pais e professores, pode mudar o
destino dos jovens. Os conceitos da intervenção foram simples, como reforçar
comportamentos positivos, ajudar as crianças com escolhas responsáveis,
promover interações sociais entre os alunos com projetos em grupo e arranjos de
assentos. Com as crianças mais velhas, as orientações eram parecidas, mas
incluíam discussões sobre assuntos como tabagismo e drogas, por exemplo, para
que comportamentos saudáveis fossem estabelecidos já antes da adolescência.
Quando os participantes
estavam na faixa dos 30 anos de idade, foram medidos nove aspectos para
avaliação de qualidade de vida: saúde física; saúde mental; comportamentos de
manutenção da saúde (como exercício e sono); baixo nível de comportamento de
risco no sexo; baixas taxas de abuso de substâncias; amizades e relacionamentos;
status socioeconômico); responsabilidade (incluindo gestão de finanças); e
engajamento cívico.
Os resultados,
divulgados no periódico Prevention Science, indicaram que os
resultados foram significativamente melhores para os indivíduos que participaram
das intervenções durante a infância, principalmente no que se referia a saúde
física e mental, comportamentos saudáveis e condições socioeconômicas.
A lição que fica é que
vínculos sociais entre professores e alunos, e também entre pais e filhos, são
fundamentais para o desenvolvimento na infância e na adolescência. Os autores
recomendam que as famílias passem mais tempo juntas e se divirtam para terem
uma conexão sólida e duradoura.
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