O
maior crescimento foi observado entre mulheres.
Em 13 anos, o uso
abusivo de bebida alcoólica aumentou no país, chegando a atingir 17,9% da
população adulta. De acordo com dados reunidos pelo Ministério da Saúde, no ano
passado, o percentual era 14,7% maior do que o registrado em 2006 (15,6%). O
dado consta da Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para
Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), divulgada sexta-feira (25).
No período, o maior
crescimento se deu entre as mulheres. O percentual (11%), porém, continua sendo
mais baixo do que o dos homens (26%). No início da análise, os percentuais eram
de 7,7% e 24,8%, respectivamente.
Conforme destaca o
ministério, entre mulheres, considera-se uso abusivo de álcool a ingestão de
quatro ou mais doses em uma mesma ocasião, nos últimos 30 dias. Já no caso de
homens, o comportamento se configura quando há ingestão de cinco ou mais
doses.
O comportamento é visto
com mais frequência entre grupos populacionais mais jovens e tende a diminuir à
medida que a idade avança. Segundo a Vigitel, há preponderância entre homens de
25 a 34 anos (34,2%) e mulheres de 18 a 24 anos (18%). Já entre mulheres com
mais de 65 anos, o percentual é de somente 2%, o que representa 5,2% a menos do
que em homens da mesma idade (7,2%).
O uso abusivo de
bebidas alcoólicas é um fator de risco que contribui para a ocorrência de
acidentes de trânsito e para a suscetibilidade a Doenças Crônicas Não
Transmissíveis (DCNTs), que abrangem câncer, doenças respiratórias crônicas e
cardiovasculares, como o acidente vascular cerebral (AVC). Na perspectiva da
Organização Mundial da Saúde (OMS), não há volume de álcool que possa ser
classificado como "seguro", uma vez que a substância é tóxica para o
organismo humano.
Mortalidade.
O Ministério da Saúde
calcula que 1,45% do total de óbitos registrados entre 2000 e 2017 pode ser
"totalmente atribuído" à ingestão abusiva de bebidas, como doença
hepática alcoólica. A estatística prova que a vulnerabilidade dos homens está
diretamente relacionada à embriaguez. Eles morrem aproximadamente nove vezes
mais do que as mulheres por causas ligadas exclusivamente ao álcool.
Em coletiva, o
secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira, afirmou que "a
melhor estratégia" do poder público é orientar a população por meio de
campanhas que evidenciem os malefícios das bebidas alcoólicas. Atualmente, o
governo federal oferece, por meio da Política Nacional de Saúde Mental,
atendimento a pessoas que sofrem de dependência do álcool (alcoolismo). O
atendimento é disponibilizado gratuitamente, das unidades do Centro de Atenção
Psicossocial (CAPS).
*** Fonte: Agência
Brasil.
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