Resumo da
notícia
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Assim
como a anorexia, a vigorexia é um transtorno causado pela distorção de imagem
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Na
vigorexia, a pessoa nunca acha que está forte ou definida o bastante e acaba
cometendo exageros no treino e na dieta
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Isso
pode gerar problemas como lesões musculares, fadiga excessiva, irritação,
afastamento social, depressão e ansiedade
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O
indivíduo ainda pode buscar atalhos em anabolizantes, substâncias que estão
associadas a doenças hepáticas, afetam o coração e geram até câncer
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Treinar traz diversos
benefícios à saúde, mas o excesso de exercícios para alcançar o "shape
ideal" pode se tornar uma armadilha perigosa, chamada vigorexia.
Esse transtorno é
causado por uma distorção de imagem semelhante à da anorexia: a pessoa nunca
está contente com a forma física e acaba investindo em uma rotina pesada, com
várias horas de treino, e uma alimentação restrita para tentar melhorar.
Nesse caso, a
insatisfação é porque a pessoa acha que o corpo nunca está forte e musculoso o
bastante. Ela se vê no espelho sempre mais magra e com menos definição muscular
do que gostaria. E, mesmo que os amigos e pessoas próximas afirmem que o
indivíduo já esteja forte o bastante, o vigoréxico não enxerga a si próprio
como tal e continua inseguro e abalado, buscando resultados.
Origem
do problema.
A vigorexia geralmente
ocorre devido a uma busca compensatória da pessoa para fortalecer sua imagem,
pois ela que acaba associando à forma física ao aumento da autoconfiança, da
autoestima, do reconhecimento social e de outros aspectos positivos de
identidade.
A origem do problema
pode ter várias explicações, inclusive sendo motivada por traumas do passado,
como episódios de bullying ou situações em que a imagem fez a pessoa se sentir
inferiorizada diante dos outros.
Perigos
à saúde física e mental.
As pessoas com
vigorexia, que em grande parte das vezes são homens, tendem a fazer exercícios
em excesso, o que pode levar ao overtraining. A condição tem como sintomas
fadiga constante, alterações no sono e no humor, irritação, falta de
concentração, queda da libido e maior propensão a lesões.
Além disso, o indivíduo
pode buscar ganhos físicos em suplementos que prometem potencializar os
resultados e até em anabolizantes, que podem gerar problemas no fígado, no
coração e até câncer.
Por passar horas na
academia e muitas vezes até treinar mais de uma vez por dia, a pessoa costuma
abrir mão de compromissos sociais. Isso e a insatisfação e o autojulgamento
constantes de imagem aumentam a probabilidade do indivíduo desenvolver
problemas como ansiedade
e depressão.
A alimentação pode ser
outro desastre para a saúde, pois a pessoa com vigorexia tende a restringir o
consumo de gorduras e até diversos vegetais, por causa do carboidrato. Em longo
prazo, isso pode gerar uma deficiência de vitaminas e minerais, levando o
organismo a um colapso.
Tratamento
precisa ser levado a sério.
É comum as vítimas de
vigorexia negarem ajuda, pois elas realmente acreditam que ainda não estão
fortes e precisam melhorar a forma física a qualquer custo. Dessa forma,
torna-se mais complicado o processo de convencimento por parte das pessoas
próximas.
O tratamento costuma
ser similar ao de pacientes com anorexia e vícios comportamentais: uso de
antidepressivos, revisão de hábitos e psicoterapia, que ajuda a identificar as
causas do transtorno e como driblar os comportamentos que levam ao padrão repetitivo.
A avaliação precisa ser
feita por um psicólogo ou psiquiatra, que indicará o melhor caminho para
restaurar o equilíbrio e, consequentemente, uma visão positiva de si próprio,
sem exageros.
*** Fontes: Yuri Busin,
psicólogo doutor em neurociência do comportamento pela Universidade
Presbiteriana Mackenzie e diretor do Casme (Centro de Atenção à Saúde Mental -
Equilíbrio); Henrique Bottura, psiquiatra da Clínica Psiquiatria Paulista e do
Hospital das Clínicas de São Paulo, mestre em psicologia do esporte pela Unesp
(Universidade Estadual de São Paulo); e Diego Leite de Barros, educador físico
e fisiologista do exercício pela Unifesp (Universidade Federal de São Paulo),
diretor técnico da DLB Assessoria Esportiva e fisiologista do HCor.
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