De
2015 a 2018, o mercado ilegal deste produto atingiu 2,2 bilhões de unidades de cigarros
e movimentou aproximadamente R$ 353 milhões.
Os cigarros ilegais
atingiram um patamar alarmante em 2018. De acordo com um levantamento feito
pelo Ibope cerca de 62% de todos cigarros que circulam na Bahia são
contrabandeados, vindos do Paraguai. Esse volume equivale a cerca de R$ 166
milhões que os cofres públicos do estado deixaram de arrecadar em ICMS.
A pesquisa indica
também que, pela primeira vez desde 2011, a evasão de impostos no país que
deixam de ser recolhidos em função do mercado ilegal de cigarros (R$ 11,5
bilhões) será maior do que a arrecadação (R$ 11,4 bilhões). O valor que deixa
de ser arrecadado é 1,6 vez superior ao orçamento da Polícia Federal para o
ano, e poderia ser revertido para a construção de 121 mil casas populares ou 6
mil creches.
De 2015 a 2018, o
mercado ilegal deste produto atingiu 2,2 bilhões de unidades de cigarros e
movimentou aproximadamente R$ 353 milhões. De acordo com estimativas da
indústria, 68% do aumento do mercado ilegal de cigarros concentraram-se em 10
municípios: Salvador, Juazeiro, Camaçari, Feira de Santana, Paulo Afonso,
Vitória da Conquista, Barreiras, Lauro de Freitas, Teixeira de Freiras e
Alagoinhas.
Dominado por quadrilhas
de criminosos, o contrabando de cigarros é fonte de financiamento para outros
crimes como o tráfico de drogas, armas e munições. Em 2018, as duas marcas mais
vendidas no país são contrabandeadas do Paraguai: Eight, campeã de vendas com
15% de participação de mercado, e Gift, com 12%. Outras duas marcas fabricadas no
país vizinho compõe a lista dos 10 cigarros mais vendidos: Classic e San Marino
(ambas com 3% de mercado). A marca contrabandeada mais popular no Nordeste é
Gift, que com 19% de market share é a mais vendida, à frente de todas as marcas
produzidas legalmente no Brasil.
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