Uma das dúvidas mais
frequentes entre as pacientes com endometriose é se a doença pode evoluir para
câncer. A resposta é sim, mas o risco é muito baixo. Segundo a literatura
médica, a transformação é mais comum nos ovários: mulheres com endometrioma
ovariano têm duas vezes mais probabilidade de desenvolver câncer no local do
que as que não têm o problema.
Ainda assim, apenas 8 a
cada 100 mil apresentam esse tipo de tumor maligno, incidência que, por si só,
não justifica a retirada preventiva do órgão, especialmente nas mulheres que
desejam engravidar.
Alguns dos principais
indícios de câncer no ovário são o aumento expressivo dos níveis do marcador
ca-125, também usado para auxiliar no diagnóstico da endometriose,
e a ascite. A ascite é conhecida
por muitos como barriga d'água, devido ao aumento de líquido dentro do abdome,
o que causa aumento de peso, dificuldade respiratória, entre outros sintomas.
Exames de imagem, como ultrassonografia e ressonância magnética,
também podem suspeitar de tumores malignos.
O tratamento do câncer
de ovário é altamente especializado e deve ser feito por
um cirurgião oncológico. Trata-se de um procedimento extenso, que usualmente
demanda a retirada completa, além dos ovários, do útero, tubas e dos linfonodos
pélvicos e abdominais. Muitas vezes também é necessário associar, antes ou após
a operação, quimioterapia e/ou radioterapia.
Câncer de endométrio x
endometriose.
O câncer de endométrio não
está relacionado à endometriose, apesar de o nome dar a entender que sim. Ao
passo que a endometriose acontece quando o endométrio cresce em outras regiões
do organismo, o câncer de endométrio é a transformação maligna do tecido em sua
localidade normal, ou seja, no interior do útero.
Estimativas do
Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam que houve em 2018 cerca de 6.600
novos casos de câncer no corpo do útero, sendo o de endométrio o principal.
Como prevenir o câncer.
Mulheres com
endometriose não devem temer o câncer mais do que as outras. A orientação é
adotar as mesmas medidas preventivas que valem para todas as pessoas: manter
uma dieta equilibrada, não fumar, não consumir álcool em excesso e incorporar
ao dia a dia uma rotina regular de exercícios físicos.
Visitar o(a) médico(a)
com frequência também é fundamental. O quanto antes o problema for descoberto,
caso ocorra, maiores são as chances de cura.
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