A
enxaqueca é um dos tipos da cefaleia, a dor de cabeça, que geralmente se
caracteriza por fortes dores em um dos lados da cabeça, às vezes até nos dois.
Em alguns pacientes, outros sintomas são náusea e vômito, além de sensibilidade
à luz e cheiros forte.
Doença neurológica,
genética e crônica, a enxaqueca afeta milhares de brasileiros e tem como
principal característica a dor de cabeça latejante, sendo considerada pela Organização
Mundial da Saúde (OMS) como a sexta doença que mais deixa a população
incapacitada. Cerca de 31 milhões de pessoas sofrem diariamente de enxaqueca na
condição crônica. A maioria tem entre 25 e 45 anos.
As causas da doença,
segundo especialistas, muitas vezes estão no dia-a-dia dos brasileiros, ainda
assim um pouco difícil de identificar. “Mudança no tempo de sono, mudança na
alimentação, mudança de rotina que gere estresse. Tudo isso pode provocar a
enxaqueca”, explica o neurologista Fábio Guerreiro.
Na análise da Sociedade
Brasileira de Cefaleia, a "enxaqueca é subestimada, subdiagnosticada e
subtratada" e que, mesmo acometendo 1 a cada 7 pessoas no mundo, recebe
menos verbas de pesquisa do que qualquer uma outra das doenças mais incapacitantes.
Por ser subestimada,
segundo Guerreiro, o paciente acaba “amaciando” a doença com analgésicos, o que
pode tornar a enxaqueca crônica. "É preciso entender que analgésico só
alivia a intensidade da dor, a duração das crises, mas não trata a enxaqueca. O
uso excessivo inclusive pode deixar a enxaqueca mais resistente,
transformando-a em crônica. Analgésicos com cafeína são quase que ativadores da
doença”, disse.
Sintomas.
A enxaqueca é um dos
tipos da cefaleia, a dor de cabeça, que geralmente se caracteriza por fortes
dores em um dos lados da cabeça, às vezes até nos dois. Em alguns pacientes,
outros sintomas são náusea e vômito, além de sensibilidade à luz e cheiros
fortes.
Ela começa quando as
células nervosas reagem a algum gatinho, como as mudanças citadas acima pelo
neurologista, enviando impulsos para os vasos sanguíneos. Esse processo provoca
sua constrição, que se expande e libera substâncias inflamatórias que causam a
dor.
“Após diagnosticada, o
que pode ser através de um clínico ou neurologista, a enxaqueca precisa ser
tratada com seriedade, porque os danos que ela provoca na vida dos pacientes
são muitos, podendo levar até a um quadro de crise de ansiedade. Os
medicamentos para controlar a crise dependerão da análise feita pelo médico.
Durante as crises a recomendação é procurar um local calmo e com pouca luz para
relaxar”, acrescenta Marcelo Guerreiro.
Mulheres
-
Segundo o Ministério da Saúde (MS), as mulheres estão mais predispostas a serem
portadoras da doença. O índice de ocorrência no sexo feminino atinge os 25%,
mais que o dobro da manifestação em homens. No entanto, depois dos 50 anos, a
taxa costuma diminuir, especialmente nas mulheres, devido a menopausa.
Segundo o MS, é muito
comum que mulheres portadoras da enxaqueca apresentem dor nas fases pré,
durante ou após a menstruação. Muitas delas também têm as crises pioradas a
partir do momento que iniciam o uso de anticoncepcionais orais.
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