O "gene gay",
que supostamente definiria um indivíduo como homossexual, não existe. Um amplo
estudo publicado na quarta-feira (28) pela Associação Americana para o Avanço
da Ciência (AAAS) descartou a existência desse e afirmou: genes influenciam a
orientação sexual, mas não a determinam.
Para chegar ao
resultado, foram estudadas as informações genéticas de 470 mil pessoas. A
pesquisa era baseada na teoria de que a orientação sexual das pessoas é
influenciada pelas características genéticas, embora não soubessem exatamente
sua importância.
O estudo sugere que
existem cinco traços genéticos associados a homossexualidade. Muitos deles
estariam relacionados "as vias biológicas para as hormonas sexuais e para
o olfato".
Andrea Gana, autora
principal do estudo, acredita que a identificação "fornece uma melhor
percepção dos fundamentos biológicos do comportamento homossexual".
"Nossas
descobertas enfatizam ainda mais a importância de resistir a conclusões
simplistas. As variantes genéticas de uma pessoa não preveem se elas tenderão a
envolver-se em um comportamento sexual com pessoas do mesmo sexo. Tudo isso
ainda está longe de ser preditivos", diz a cientista, estimando ainda que
8% a 25% dos fatores que influenciam a preferência sexual surgem de
contribuições genéticas.
Em termos científicos,
há cinco locais do genoma humano em que uma alteração numa dessas moléculas
parece influenciar ligeiramente a possibilidade de alguém ter uma predisposição
natural para desenvolver uma afinidade sexual com alguém do mesmo sexo — mesmo
que não seja homossexual.
Nenhum comentário:
Postar um comentário