Você está com alguma
dor? Chame seu namorado ou namorada para fazer companhia. Segundo um estudo
europeu, a estratégia pode reduzir o incômodo de forma significativa. E a dica
funciona mesmo se não houver contato físico ou verbal.
Pesquisadores das
Universidade de Ciências da Saúde, Informática e Tecnologia, na Áustria, e da
Universidade das Ilhas Baleares, na Espanha, testaram a sensibilidade à dor de
96 pessoas, com e sem a presença do parceiro romântico, para chegar à
conclusão.
Os participantes foram
submetidos a um equipamento que faz pressão na pele com intensidades diferentes,
para medir a tolerância à dor. Quando o ente querido estava por perto, esse
limite aumentava.
Todos também
responderam a questionários que ajudaram a revelar os níveis de empatia dos
participantes, ou seja, a capacidade de se colocar no lugar dos outros. Quanto
mais presente era essa qualidade no parceiro, maior era a tolerância à dor
durante o experimento, relatado no periódico Scandinavian Journal of
Pain.
De acordo com os
pesquisadores, os resultados confirmam o efeito analgésico proporcionado pelo
suporte social. Apesar de ser um estudo pequeno e com algumas limitações, não é
o primeiro a fazer esse tipo de associação.
Em 2015, um experimento
similar mediu a sensibilidade e a tolerância à dor de 75 pessoas ao mergulhar o
braço em um tanque de água gelada. Os testes foram feitos em três situações
diferentes: com o voluntário sozinho, com a presença de alguém neutro, que não
dizia nada, e, por último, com alguém que oferecia suporte.
Os resultados,
publicados no Annals of Behavioral Medicine, confirmam que os
indivíduos que receberam suporte se saíram melhor na tarefa, e ainda
apresentaram níveis mais baixos de pressão, cortisol (o hormônio do estresse),
tensão muscular e batimentos cardíacos.
Se você é solteiro,
pedir a companhia de um amigo também pode ajudar. Numa época em que todo mundo
só conversa pelo smartphone, vale a pena reforçar o valor dos contatos
presenciais.
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