KLÉBER COGITA SAÍDA E CULPA TORCIDA DO CRUZEIRO...

FONTE: UOL Esporte, em Belo Horizonte.

Depois de participar de evento da torcida Mancha Verde, sábado passado, poucos dias antes do jogo com o Palmeiras, na última quarta-feira, quando foi vaiado por parte da torcida celeste presente ao Mineirão, na derrota por 2 a 1, o atacante Kléber cogita sua saída do Cruzeiro.
“Não é questão de deixar o Cruzeiro, tenho contrato, mas eu não posso ficar em um lugar que não queiram que eu fique. Pelo que eu sinto, por mais que o Cruzeiro seja uma instituição, temos de entender que são sete milhões de torcedores", afirmou Kléber, em entrevista à TV Alterosa, no embarque da delegação para São Paulo, no final da tarde desta quinta-feira."Não tem como fugir disso, o torcedor faz parte do clube e se o torcedor não quer que eu fique no Cruzeiro...", comentou o atacante, sem completar a frase, mas dando a entender que a sua saída poderá ser a solução. Ele disse ainda que viajou para São Paulo, para o jogo do próximo sábado contra o Grêmio Barueri, por ser profissional e ter contrato com o clube celeste."Sou profissional, tenho que continuar, tenho que cumprir o meu contrato, mas hoje posso dizer que já não estou tão feliz como estava antes", comentou Kléber, em entrevista veiculada pela Rede Globo Minas.Os problemas de Kléber com a torcida cruzeirense começaram após a divulgação da participação do atleta em uma festa da Mancha Verde, torcida palmeirense que tem grande rivalidade com a Máfia Azul, maior organizada do Cruzeiro.Na segunda-feira, em entrevista na Toca da Raposa II, Kléber confirmou sua presença em festa organizada pela torcida do Palmeiras, mas disse não ver nenhum problema em atender a convite feito por amigos. Ele justificou ainda que havia entrado em campo para participar de uma brincadeira de bola, com os torcedores da Mancha Verde.
Na terça-feira, a diretoria do Cruzeiro comunicou a advertência ao jogador, em reunião com Kléber, por entender que ao entrar em campo, ainda que por poucos minutos, ele descumpriu o regulamento do clube celeste.Nesta mesma tarde, cerca de 50 integrantes da Máfia Azul, compareceram à entrada da Toca da Raposa II para conversar com o jogador. Kléber atendeu a quatro líderes do grupo, que, naquele momento, resolveram aceitar a argumentação do atleta.O presidente do Cruzeiro, Zezé Perrella, em entrevista na terça-feira à noite, tentou minimizar o episódio, dizendo que considerou ingenuidade de Kléber, a quem chamou de "bígamo" por suas manifestações de carinho por dois clubes brasileiros: Cruzeiro e Palmeiras.O comportamento de Kléber na derrota para o Palmeiras, quando teria se dirigido à torcida palmeirense, ao deixar o gramado do Mineirão, agravou a situação do Gladiador perante o torcedor cruzeirense, que reagiu com vaias. Ao embarcar com a delegação celeste, Kléber manifestou tristeza com sua situação no clube mineiro. "Se a torcida do Cruzeiro não me quer, também não quero mais ficar no Cruzeiro", concluiu o Gladiador.