FONTE: Folhapress (TRIBUNA DA BAHIA).
A recuperação da atividade econômica inverteu tendência de queda nos preços de algumas matérias-primas nos últimos 30 dias no Brasil. Indústrias que usam resinas plásticas, alumínio, ferro e cobre informam que voltaram a sentir pressões de custo a partir de agosto, o que não ocorria desde o agravamento da crise mundial, em setembro de 2008.
O preço médio de cerca de 90 insumos, que compõem o grupo dos chamados materiais para manufatura, subiu 1,96% nos últimos 30 dias terminados no dia 10 deste mês, segundo o Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV). Em agosto, esse mesmo grupo registrou queda média de preço de 0,18%. Os preços dos insumos mais usados pelas indústrias estavam em queda desde o final de 2008.
As matérias-primas que mais apresentaram alta de preços nos últimos 30 dias terminados no dia 10 deste mês foram barras, perfis e vergalhões de cobre e ligas de cobre, de 6,68%; bobinas e chapas de aço inoxidável, de 5,79%; tecidos de fios artificiais e sintéticos, de 5,31%; celulose, de 2,41%, e ferro-gusa, de 1,78%, segundo o Ibre.
"Percebemos uma mudança na dinâmica dos preços, o que não deve causar susto. Assim como houve deflação, quando a recessão tomou conta, agora a tendência é da volta da normalidade dos preços, com a retomada da economia", diz Salomão Quadros, coordenador de Análises Econômicas do Ibre.
A indústria de embalagens laminadas flexíveis, usadas pelos fabricantes de biscoitos, salgadinhos, sorvetes, cafés e outros alimentos, informa que as matérias-primas utilizadas pelo setor, como resinas, tintas, solventes e adesivos subiram de 8% a 15% de julho até agora.
"A demanda da China aumentou, e, com a retomada das economias mundial e brasileira, a tendência é de aumento de preços daqui para a frente. Vai voltar a queda-de-braço entre as indústrias e os fornecedores", afirma Synésio Batista da Costa, presidente da Abraflex, associação do setor de embalagens plásticas laminadas flexíveis, que já prevê reajuste de 8% nos preços das embalagens.
A Vlados, fabricante de válvulas para o transporte de cargas a granel, informa que o preço do alumínio, a principal matéria-prima da indústria, subiu 10% a partir de abril. "O preço não chegou ainda ao patamar do ano passado, mas já está encostando", diz Ricardo Neukamp, diretor da empresa. A situação é a mesma, segundo ele, no caso do preço do latão.
Fernando Valente Pimentel, diretor-superintendente da Abit, associação da indústria têxtil, diz que o que existe neste momento é o realinhamento de preços do setor, que caíram muito com a crise mundial.
A alta de preços que ocorre nas matérias-primas, segundo ele, não representa "nenhuma ameaça para a inflação e revela um movimento de reorganização de preços, até porque há ociosidade na economia", diz.
Fábio Silveira, sócio-diretor da RC Consultores, diz que a alta de preços das matérias-primas nos últimos 30 dias não deve se sustentar. "É reflexo do que ocorreu no mercado internacional em meados deste ano. Os preços de algumas commodities já dão sinais de queda. E o real valorizado também deve manter os preços sob controle no mercado interno", diz.
A recuperação da atividade econômica inverteu tendência de queda nos preços de algumas matérias-primas nos últimos 30 dias no Brasil. Indústrias que usam resinas plásticas, alumínio, ferro e cobre informam que voltaram a sentir pressões de custo a partir de agosto, o que não ocorria desde o agravamento da crise mundial, em setembro de 2008.
O preço médio de cerca de 90 insumos, que compõem o grupo dos chamados materiais para manufatura, subiu 1,96% nos últimos 30 dias terminados no dia 10 deste mês, segundo o Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV). Em agosto, esse mesmo grupo registrou queda média de preço de 0,18%. Os preços dos insumos mais usados pelas indústrias estavam em queda desde o final de 2008.
As matérias-primas que mais apresentaram alta de preços nos últimos 30 dias terminados no dia 10 deste mês foram barras, perfis e vergalhões de cobre e ligas de cobre, de 6,68%; bobinas e chapas de aço inoxidável, de 5,79%; tecidos de fios artificiais e sintéticos, de 5,31%; celulose, de 2,41%, e ferro-gusa, de 1,78%, segundo o Ibre.
"Percebemos uma mudança na dinâmica dos preços, o que não deve causar susto. Assim como houve deflação, quando a recessão tomou conta, agora a tendência é da volta da normalidade dos preços, com a retomada da economia", diz Salomão Quadros, coordenador de Análises Econômicas do Ibre.
A indústria de embalagens laminadas flexíveis, usadas pelos fabricantes de biscoitos, salgadinhos, sorvetes, cafés e outros alimentos, informa que as matérias-primas utilizadas pelo setor, como resinas, tintas, solventes e adesivos subiram de 8% a 15% de julho até agora.
"A demanda da China aumentou, e, com a retomada das economias mundial e brasileira, a tendência é de aumento de preços daqui para a frente. Vai voltar a queda-de-braço entre as indústrias e os fornecedores", afirma Synésio Batista da Costa, presidente da Abraflex, associação do setor de embalagens plásticas laminadas flexíveis, que já prevê reajuste de 8% nos preços das embalagens.
A Vlados, fabricante de válvulas para o transporte de cargas a granel, informa que o preço do alumínio, a principal matéria-prima da indústria, subiu 10% a partir de abril. "O preço não chegou ainda ao patamar do ano passado, mas já está encostando", diz Ricardo Neukamp, diretor da empresa. A situação é a mesma, segundo ele, no caso do preço do latão.
Fernando Valente Pimentel, diretor-superintendente da Abit, associação da indústria têxtil, diz que o que existe neste momento é o realinhamento de preços do setor, que caíram muito com a crise mundial.
A alta de preços que ocorre nas matérias-primas, segundo ele, não representa "nenhuma ameaça para a inflação e revela um movimento de reorganização de preços, até porque há ociosidade na economia", diz.
Fábio Silveira, sócio-diretor da RC Consultores, diz que a alta de preços das matérias-primas nos últimos 30 dias não deve se sustentar. "É reflexo do que ocorreu no mercado internacional em meados deste ano. Os preços de algumas commodities já dão sinais de queda. E o real valorizado também deve manter os preços sob controle no mercado interno", diz.
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