FONTE: *** Luana Rocha (CORREIO DA BAHIA).
A busca pela sobrevivência eleitoral, discordância da filosofia do partido ou mesmo a intenção de integrar a base governista são os principais motivos que levarão políticos baianos a mudar de legenda antes das próximas eleições.
O prazo final de filiação partidária termina no dia 2 de outubro, e os candidatos correm contra o tempo para concretizar as mudanças. Na Assembleia Legislativa, dos 63 deputados, pelo menos 13 buscam novo abrigo.
Os únicos que já têm novo destino certo são Marcelo Nilo e Emério Resedá (PSDB), João Bonfim (sem partido) e Paulo Câmera (PTB). Todos têm ingresso confirmado no PDT, com cerimônia marcada para o próximo dia 30, com presença do presidente nacional do partido, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi. O presidente estadual do PDT, Alexandre Brust, confirmou a informação. “Não há mais nenhum impedimento. Eles vão se filiar”.
A entrada dos parlamentares não estava sendo bem aceita pelos deputados estaduais que já são do PDT, Roberto Carlos e Euclides Fagundes, por motivos eleitorais. Eles temem que o ingresso dos colegas prejudique a reeleição deles, já que esses deputados possuem boa quantidade de votos.
Câmera justificou sua saída do PTB por desejar se manter aliado ao governador Jaques Wagner. O PTB já definiu que vai apoiar a candidatura do ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima.
Outra deputada que deverá mudar de casa é Marizete Pereira (PMDB). Ela é casada com o vice-governador, Edmundo Pereira, que afirmou definir o novo partido que irá ocupar até o dia 28. Mesmo filiado ao PMDB, Edmundo tem uma grande amizade com Wagner. Marizete deverá acompanhá-lo, com a saída confirmada.
A saída do deputado Reinaldo Braga do PSL foi determinada pela própria legenda. “Vou definir nos próximos dias para qual partido vou seguir. Mas, a minha saída já havia sido acordada, porque eles consideram que sou um candidato forte e me manter no partido poderia dificultar a formação de coligações”, afirmou. Braga se elegeu pelo DEM, mas migrou para o PSL em janeiro de 2007.
Os dois deputados do PRTB também deixarão a legenda, mas para caminhos diferentes. Fernando Torres procura um partido da oposição, enquanto Jurandy Oliveira deve ir para a base governista. Jurandy, no entanto, alega que sua saída está diretamente relacionada com a direção do partido. “Já entrei na Justiça para sair do partido. O presidente da legenda faz o que quer, se sente dono da legenda, faz até negócios. Eu discordo desse tipo de filosofia”, disse.
Uma das opções é o PSB. A legenda também vai abrigar o secretário de Integração Regional, Edmon Lucas. Ele deixa o PTB para entrar num partido ligado ao governo.
Já o prefeito de Guanambi, o ex-governador Nilo Coelho (PP), também ameaça deixar a legenda, já que não pretende apoiar Wagner. Somente nesse mês, ele já teve dois encontros com o ministro Geddel. O partido dele ocupa, atualmente, duas secretarias no governo estadual e pode integrar a chapa majoritária.
Oposição tenta aumentar a basePartidos de oposição deflagraram uma corrida em busca de parlamentares governistas dispostos a trocar de legenda de olho nas eleições de 2010. No Senado, o PSDB vai ampliar os seus quadros e deve se tornar a segunda maior bancada da Casa, com 14 parlamentares - atrás apenas do PMDB, que conta com 17 senadores.
O senador Expedito Junior (sem partido-RO) promete assinar sua filiação ao PSDB. Os tucanos também miram os senadores Flavio Arns (sem partido-PR) e Valter Pereira (PMDB-MS). O presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), afirmou que essa negociação é natural. “Essas conversas surgem naturalmente, até porque são parlamentares que estão alinhados com o nosso programa político”, disse.
O ingresso de Expedito no PSDB chama atenção porque o senador corre o risco de perder o posto. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou o mandato do novo tucano por compra de votos. Ele se mantém no cargo por uma decisão do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), que segurou a decisão da Justiça Eleitoral até que se esgotem as possibilidades de recursos.
DEM vai pedir de volta mandatos na Justiça de ‘infiéis’ O presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), anunciou que seu partido vai pedir de volta, na Justiça, o mandato de todos os parlamentares que deixarem a legenda antes do dia 2 de outubro, prazo limite para a nova filiação de candidatos às eleições de 2010. “Nós que votamos em favor da fidelidade partidária não podemos ter outra posição que não seja reivindicar esses mandatos”, disse Maia, através da assessoria de imprensa do partido.
A Executiva Nacional do Democrata, inconformada com a ofensiva de vários governadores que, segundo Maia, têm incentivado o troca-troca partidário que sempre ocorre na reta final do prazo de filiação, decidiu reagir ameaçando cassar os mandatos dos infiéis. “Não se trata de nada pessoal contra quem quer que seja”, disse Maia.
Lei cassou mais de 600 políticos por compra de votos A Lei 9.840/99 completa dez anos hoje e já permitiu a cassação de mais de 600 políticos ao promover alterações na legislação eleitoral para combater compra de votos e o uso da máquina durante a eleição. O presidente do TSE, Carlos Ayres, disse que a lei deve ser comemorada porque introduziu os valores da ética
Presidente do BC deverá se filiar ao PMDB quarta-feiraO presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, deve assinar sua ficha de filiação ao PMDB na quarta-feira da próxima semana. Antes de formalizar a filiação, Meirelles deve conversar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O PMDB de Goiás já dá como certa a filiação de Meirelles. Segundo o presidente do Diretório Estadual do PMDB-GO, Adib Elias Júnior, Meirelles já conversou com lideranças locais e anunciou sua decisão. “Estamos bem conversados (sobre a filiação). Ele (Meirelles) foi sondado por outros partidos, mas fez sua opção pelo PMDB”, disse Elias Júnior. A assessoria de Meirelles, entretanto, afirma que ele ainda não comunicou oficialmente a intenção de se filiar a nenhum partido. “O presidente ainda não decidiu se vai se filiar ou não”, disse seu assessor de imprensa.
*** Notícia publicada na edição impressa do dia 28/09/2009 do CORREIO.
A busca pela sobrevivência eleitoral, discordância da filosofia do partido ou mesmo a intenção de integrar a base governista são os principais motivos que levarão políticos baianos a mudar de legenda antes das próximas eleições.
O prazo final de filiação partidária termina no dia 2 de outubro, e os candidatos correm contra o tempo para concretizar as mudanças. Na Assembleia Legislativa, dos 63 deputados, pelo menos 13 buscam novo abrigo.
Os únicos que já têm novo destino certo são Marcelo Nilo e Emério Resedá (PSDB), João Bonfim (sem partido) e Paulo Câmera (PTB). Todos têm ingresso confirmado no PDT, com cerimônia marcada para o próximo dia 30, com presença do presidente nacional do partido, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi. O presidente estadual do PDT, Alexandre Brust, confirmou a informação. “Não há mais nenhum impedimento. Eles vão se filiar”.
A entrada dos parlamentares não estava sendo bem aceita pelos deputados estaduais que já são do PDT, Roberto Carlos e Euclides Fagundes, por motivos eleitorais. Eles temem que o ingresso dos colegas prejudique a reeleição deles, já que esses deputados possuem boa quantidade de votos.
Câmera justificou sua saída do PTB por desejar se manter aliado ao governador Jaques Wagner. O PTB já definiu que vai apoiar a candidatura do ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima.
Outra deputada que deverá mudar de casa é Marizete Pereira (PMDB). Ela é casada com o vice-governador, Edmundo Pereira, que afirmou definir o novo partido que irá ocupar até o dia 28. Mesmo filiado ao PMDB, Edmundo tem uma grande amizade com Wagner. Marizete deverá acompanhá-lo, com a saída confirmada.
A saída do deputado Reinaldo Braga do PSL foi determinada pela própria legenda. “Vou definir nos próximos dias para qual partido vou seguir. Mas, a minha saída já havia sido acordada, porque eles consideram que sou um candidato forte e me manter no partido poderia dificultar a formação de coligações”, afirmou. Braga se elegeu pelo DEM, mas migrou para o PSL em janeiro de 2007.
Os dois deputados do PRTB também deixarão a legenda, mas para caminhos diferentes. Fernando Torres procura um partido da oposição, enquanto Jurandy Oliveira deve ir para a base governista. Jurandy, no entanto, alega que sua saída está diretamente relacionada com a direção do partido. “Já entrei na Justiça para sair do partido. O presidente da legenda faz o que quer, se sente dono da legenda, faz até negócios. Eu discordo desse tipo de filosofia”, disse.
Uma das opções é o PSB. A legenda também vai abrigar o secretário de Integração Regional, Edmon Lucas. Ele deixa o PTB para entrar num partido ligado ao governo.
Já o prefeito de Guanambi, o ex-governador Nilo Coelho (PP), também ameaça deixar a legenda, já que não pretende apoiar Wagner. Somente nesse mês, ele já teve dois encontros com o ministro Geddel. O partido dele ocupa, atualmente, duas secretarias no governo estadual e pode integrar a chapa majoritária.
Oposição tenta aumentar a basePartidos de oposição deflagraram uma corrida em busca de parlamentares governistas dispostos a trocar de legenda de olho nas eleições de 2010. No Senado, o PSDB vai ampliar os seus quadros e deve se tornar a segunda maior bancada da Casa, com 14 parlamentares - atrás apenas do PMDB, que conta com 17 senadores.
O senador Expedito Junior (sem partido-RO) promete assinar sua filiação ao PSDB. Os tucanos também miram os senadores Flavio Arns (sem partido-PR) e Valter Pereira (PMDB-MS). O presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), afirmou que essa negociação é natural. “Essas conversas surgem naturalmente, até porque são parlamentares que estão alinhados com o nosso programa político”, disse.
O ingresso de Expedito no PSDB chama atenção porque o senador corre o risco de perder o posto. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou o mandato do novo tucano por compra de votos. Ele se mantém no cargo por uma decisão do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), que segurou a decisão da Justiça Eleitoral até que se esgotem as possibilidades de recursos.
DEM vai pedir de volta mandatos na Justiça de ‘infiéis’ O presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), anunciou que seu partido vai pedir de volta, na Justiça, o mandato de todos os parlamentares que deixarem a legenda antes do dia 2 de outubro, prazo limite para a nova filiação de candidatos às eleições de 2010. “Nós que votamos em favor da fidelidade partidária não podemos ter outra posição que não seja reivindicar esses mandatos”, disse Maia, através da assessoria de imprensa do partido.
A Executiva Nacional do Democrata, inconformada com a ofensiva de vários governadores que, segundo Maia, têm incentivado o troca-troca partidário que sempre ocorre na reta final do prazo de filiação, decidiu reagir ameaçando cassar os mandatos dos infiéis. “Não se trata de nada pessoal contra quem quer que seja”, disse Maia.
Lei cassou mais de 600 políticos por compra de votos A Lei 9.840/99 completa dez anos hoje e já permitiu a cassação de mais de 600 políticos ao promover alterações na legislação eleitoral para combater compra de votos e o uso da máquina durante a eleição. O presidente do TSE, Carlos Ayres, disse que a lei deve ser comemorada porque introduziu os valores da ética
Presidente do BC deverá se filiar ao PMDB quarta-feiraO presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, deve assinar sua ficha de filiação ao PMDB na quarta-feira da próxima semana. Antes de formalizar a filiação, Meirelles deve conversar com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O PMDB de Goiás já dá como certa a filiação de Meirelles. Segundo o presidente do Diretório Estadual do PMDB-GO, Adib Elias Júnior, Meirelles já conversou com lideranças locais e anunciou sua decisão. “Estamos bem conversados (sobre a filiação). Ele (Meirelles) foi sondado por outros partidos, mas fez sua opção pelo PMDB”, disse Elias Júnior. A assessoria de Meirelles, entretanto, afirma que ele ainda não comunicou oficialmente a intenção de se filiar a nenhum partido. “O presidente ainda não decidiu se vai se filiar ou não”, disse seu assessor de imprensa.
*** Notícia publicada na edição impressa do dia 28/09/2009 do CORREIO.
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