quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

MPF DENUNCIA SERVIDORA DO IBAMA POR DESVIAR R$ 1,2 MI PARA TRATAMENTO ESTÉTICO...

FONTE: ÚLTIMA INSTÂNCIA.
O MPF-GO (Ministério Público Federal em Goiás) ofereceu denúncia à Justiça Federal contra a servidora do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) Marina de Fátima Piau Ferreira, acusada de desviar cerca de R$ 1,2 milhão. Segundo consta na ação, o dinheiro da autarquia ambiental teria sido usado inclusive para tratamentos estéticos em uma clínica de Goiânia.
De acordo com o que foi apurado até agora, Marina de Fátima, coordenadora do Setor Financeiro do Ibama, é apontada pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro, cujos desvios foram realizados de 1998 a 2007, com a participação de parentes, prestadores de serviço e “laranjas”. Se condenada, a pena pode chegar até doze anos de prisão.
Segundo informações do MPF-GO, dentre os gastos de Marina com dinheiro público, destacam-se o uso de mais de R$ 50 mil em tratamentos estéticos e mais de R$ 40 mil em tratamentos odontológicos. O genro da denunciada teria recebido R$ 87 mil. Utilizado como “laranja” no esquema, o porteiro do prédio onde Marina morava recebeu em sua conta bancária a maior quantia de dinheiro, R$ 334 mil.
O superintendente do Ibama em Goiás, Ary Soares dos Santos, explicou em depoimento como foi possível a servidora realizar o desvio milionário: “Marina se valia de processo administrativo remetido ao seu setor depois de seguir todos o trâmite exigido pela Lei de Licitações e fraudava o sistema cirando documentos para desviar recursos do órgão e depositando-os em contas correntes de terceiros”.
Entretanto, isso só foi possível por uma falha existente no próprio Siafi (Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal), como explicou Marina para a polícia: “Quando manuseava o Siafi, destinando recursos para pagamento de despesas do Ibama, confundi-me e ao invés de informar corretamente o nome e o CNPJ do credor, troquei por outra pessoa. Percebi que o sistema aceitava a informação errônea e a partir daí, ocasionalmente, para efetuar algumas despesas minhas, usei esse estratagema para obter recursos”, relata.

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