FONTE: *** Bruno Menezes, CORREIO DA BAHIA.
Na Fonte Nova ou em Pituaçu, dia de jogo era dia de festa e de rituais na casa de Evilásio Ferreira Souza, 57 anos, um dos torcedores- símbolo do Esporte Clube Bahia. Domingo, não foi diferente. Conhecido como o “Anãozinho do Bahia”, o também surdo- mudo Evilásio tirou da caixa uma camisa nova do clube, lavou a louça, arrumou a casa e seguiu em direção ao estádio. Após a derrota por 5x3 para o time xará de Feira de Santana, a tragédia.
Decepcionado com o time, Evilásio bebeu demais e foi de ônibus até a Avenida Bonocô. Quando percebeu que estava no lugar errado, tentou atravessar a via e acabou atropelado. O torcedor foi levado para o Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resistiu e morreu ainda na noite de domingo. “Até agora não sabemos como ele foi parar lá nem o motivo de ter atravessado a rua. Ele não tinha pernas para isso. O movimento ali é intenso, e as perninhas dele, curtas. Foi a decepção com o time que deixou ele sem rumo”, contou, emocionada, a irmã de Evilásio, Sônia. O “Anãozinho do Bahia” tentava atravessar a avenida, quando quase foi atingido por uma moto.
Decepcionado com o time, Evilásio bebeu demais e foi de ônibus até a Avenida Bonocô. Quando percebeu que estava no lugar errado, tentou atravessar a via e acabou atropelado. O torcedor foi levado para o Hospital Geral do Estado (HGE), mas não resistiu e morreu ainda na noite de domingo. “Até agora não sabemos como ele foi parar lá nem o motivo de ter atravessado a rua. Ele não tinha pernas para isso. O movimento ali é intenso, e as perninhas dele, curtas. Foi a decepção com o time que deixou ele sem rumo”, contou, emocionada, a irmã de Evilásio, Sônia. O “Anãozinho do Bahia” tentava atravessar a avenida, quando quase foi atingido por uma moto.
Talita Rodrigues da Anunciação, que estava na garupa, acabou caindo, depois que o piloto, identificado apenas como Diego, conseguiu desviar de Evilásio. Logo atrás, a autônoma Eliane Maria dos Santos acabou atropelando a vítima, que foi socorrida pelo próprio cunhado, Gilberto Andrade, motorista do Samu. Ele contou que o que mais chocou foi uma frase da médica-residente responsável pelo atendimento a Evilásio no HGE. “Ela disse que, se ele morresse, tiraria fotos, para provar que enterro de anão existe”, lamenta. Tricolor ferrenho, Evilásio se tornou símbolo do Bahia há mais de 30 anos.
Viu o clube ser bicampeão brasileiro e usava camisas novas do time como superstição. Ele foi enterrado às 16h de ontem, no Cemitério Quinta dos Lázaros. Na cerimônia, estiveram parentes e a legião de “amigos de água”, companheiros pelos bares do Comércio, onde Evilásio trabalhava como officeboy .
“Ele não enfrentava filas, por causa do tamanho e porque era surdo- mudo. Todos gostavam dele. Era o nosso grande xodó, mesmo baixinho”, explica Mira Ferreira, irmã da vítima. Irmão do Anãozinho do Bahia, Francisco Ferreira Souza explicou que recebeu um telefonema do presidente do clube, Marcelo Guimarães Filho, o Marcelinho.
“Ele perguntou se havia dinheiro para pagar o funeral. E prometeu mandar uma bandeira do time para cobrir o caixão. Mas, se ele mandou, a bandeira chegou tarde demais”, ironiza. Após o enterro, Francisco também se disse magoado pelo fato de o irmão ter morrido antes do Carnaval. “Ele era folião assíduo do bloco As Muquiranas. Já estava com a fantasia comprada, em várias prestações. Agora, vamos vender nossas fantasias”, diz.
*** Notícia publicada na edição impressa de 02/02/2010 do CORREIO.
“Ele não enfrentava filas, por causa do tamanho e porque era surdo- mudo. Todos gostavam dele. Era o nosso grande xodó, mesmo baixinho”, explica Mira Ferreira, irmã da vítima. Irmão do Anãozinho do Bahia, Francisco Ferreira Souza explicou que recebeu um telefonema do presidente do clube, Marcelo Guimarães Filho, o Marcelinho.
“Ele perguntou se havia dinheiro para pagar o funeral. E prometeu mandar uma bandeira do time para cobrir o caixão. Mas, se ele mandou, a bandeira chegou tarde demais”, ironiza. Após o enterro, Francisco também se disse magoado pelo fato de o irmão ter morrido antes do Carnaval. “Ele era folião assíduo do bloco As Muquiranas. Já estava com a fantasia comprada, em várias prestações. Agora, vamos vender nossas fantasias”, diz.
*** Notícia publicada na edição impressa de 02/02/2010 do CORREIO.
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