FONTE: Estadão, TRIBUNA DA BAHIA.
A bandeira MasterCard e a empresa de telefonia Vivo devem iniciar no segundo semestre as operações da joint venture que anunciaram no final do ano passado para operar no pagamento com celular. “Estamos na fase de estruturação da nova empresa”, disse a jornalistas o presidente da MasterCard, Gilberto Caldart. O objetivo é ter um primeiro produto no mercado até o final do ano.
A empresa, ainda sem nome definido, será 50% controlada pela Vivo e 50% pela bandeira americana. O foco é desenvolver soluções para o pagamento com celular. Caldart destaca que o objetivo é criar soluções que possam ser usadas por qualquer operadora de telefonia e não apenas a Vivo.
A MasterCard resolveu criar duas empresas diferentes para o pagamento com celular. Uma para 12 países da América Latina, em parceria com a Telefonica, que já está operacional em países como a Argentina e recebeu o nome de Wanda.
A outra é só para o mercado brasileiro. A região é uma das que mais crescem dentro das operações da bandeira americana no mundo.
Caldart avalia que o mercado de cartões brasileiro pode dobrar de tamanho. Atualmente, cerca de 25% do consumo privado é pago com meios eletrônicos de pagamento, ante média bem maior, na casa dos 45% a 50%, em países desenvolvidos. “Podemos atingir esse porcentual em alguns anos”, afirmou.
No Brasil, um dos segmentos em que a MasterCard aposta é o de cartões pré-pagos, que são carregados em dinheiro e
podem ser usados em toda a rede que aceita plásticos de crédito e débito. Recentemente, a bandeira lançou um produto, em parceria com a Ticket e o Itaú, para o pagamento de fretes por caminhoneiros. O motorista recebe o valor do frete no cartão e usa o plástico nas estradas, em postos de combustível, oficinas e restaurantes.
“O mercado de cartões pré-pagos ainda é inexplorado no Brasil”, destacou Caldart. O presidente da MasterCard participa neste feriado prolongado do 11º Fórum de Comandatuba promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide), que reúne 750 executivos, empresários e políticos na Bahia para discutir os rumos da economia.
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