quinta-feira, 23 de agosto de 2012

GENE CAUSADOR DE TIPO DE EPILEPSIA INFANTIL PROVOCA SINTOMAS DE AUTISMO...


FONTE: , de Londres (noticias.uol.com.br).

O gene causador de uma forma de epilepsia infantil, chamada de síndrome de Dravet, também pode ser um dos responsáveis pela aparição de comportamentos autistas, segundo um estudo publicado  quarta-feira (22) pela revista científica Nature.

Uma recente pesquisa sugeriu que, ao contrário de outras formas de epilepsia, os sintomas da síndrome de Dravet também incluem comportamentos autistas, como: hiperatividade, dificuldade nas relações sociais e desenvolvimento mais lento da linguagem e das habilidades motoras.

O fato foi interpretado como uma espécie de pista por uma equipe da Universidade de Washington, liderada por William Catterall. Ele passou a investigar as causas da síndrome para saber se elas também poderiam estar ligadas com a aparição de sintomas autistas.

No estudo com cobaias, os cientistas descobriram que os roedores com apenas uma cópia funcional do gene SCN1A, localizado no cromossomo 2 e um dos nove responsáveis pelo funcionamento dos canais de sódio nos neurônios, desenvolveram comportamentos autistas.

Desta forma, a equipe de Catterall confirmou que este gene também era o principal causador dos sintomas mais graves da síndrome de Dravet e, por isso, eles puderam considerar que a dolência deveria ser incluída entre as síndromes do espectro autista.

A partir desta fase, os especialistas trataram os ratos com clonazepam, um remédio que atua sobre o sistema nervoso central e que habitualmente é receitado para combater crises epilépticas, e descobriram que os comportamentos sociais anormais e os déficits cognitivos dos roedores desapareceram. Segundo Catterall, a descoberta poderia dirigir os pesquisadores em direção a novas estratégias terapêuticas contra o autismo.

A síndrome de Dravet, um transtorno com uma incidência de um caso para cada 20 mil nascimentos, começa com crise epiléptica ainda no primeiro ano de vida e comportamentos autistas a partir do segundo ano. Seu tratamento possui intenção de atenuar as convulsões, mas não de reverter a doença.

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