Deixe-me gostar de você feito criança porque descobri que é o único jeito que consigo gostar de verdade, sem confusão, sem hipocrisia.
Deixe-me gostar de você da forma mais simples, sem porquês, sem perguntas, sem articulações.
Se eu ou você pensarmos muito e nos colocarmos sob o crivo da razão, teremos que ver entre as nossas qualidades também os nossos defeitos.
Teremos que ver a treva que coabita com a nossa luz.
Então deixe-me gostar de você como criança.
Criança gosta sem pensar.
Deixe-me gostar de você sem cobranças, sem compromissos que não sejam aqueles que nós dois estabelecemos para nós mesmos e não aqueles que os homens inventam que devemos seguir à risca, toda vez que resolvemos gostar.
Deixe-me gostar de você da forma mais inocente que eu puder.
Neste gostar permita-me descartar toda a cultura, filosofia, modismos, conceitos ou preconceitos, dogmas, todo e qualquer mandamento ou imposição que venham de fora.
Quero apenas ouvir meu coração, assim como quero que você ouça o seu.
Se eu ficar com você um minuto, uma semana, um mês ou um ano,
que seja pelo real prazer de ficar, pois aprendi que não é a duração, mas a qualidade que transforma um único minuto numa experiência com gosto de eternidade.
Deixe-me gostar de você sem expectativa, sem planos para o futuro, sem gaiolas que limitem o meu querer porque o futuro é tão incerto e nunca é do jeito que pensamos.
Se nos gostarmos de verdade, é possível que haja muitas ações no presente, e é só isto o que verdadeiramente importa.
Acima de tudo, deixe-me gostar de você deixando-o completamente livre para ficar ou para partir.
Deixe-me gostar de você sem máscaras e sem verniz.
E se um dia eu disser adeus e partir, creia, será no exato momento em que eu descobrir que já não sou mais capaz de me fazer ou de lhe fazer feliz.
"A maior caridade que podemos fazer pela Doutrina Espírita é a sua divulgação." Chico Xavier – Emmanuel.
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