Cerca de metade dos
peitos de frango crus examinados em uma amostra nacional nos Estados Unidos
continham uma "superbactéria" resistente a antibióticos, disse uma
entidade de defesa do consumidor na quinta-feira, defendendo limites mais
rigorosos para o uso de medicamentos na criação de animais.
Segundo a ONG
Consumer Reports, que se apresenta como a maior organização mundial
independente dedicada a testar produtos, pode ser difícil tratar pessoas que
adoecerem após comerem frango contaminado com bactérias resistentes a
antibióticos.
A entidade disse ter
feito exames para seis tipos de bactérias em 316 peças de peito de frango cru,
comprados no varejo em vários lugares dos EUA durante julho. Quase todas as
amostras continham bactérias potencialmente nocivas.
Em 49,7 por cento da
amostra havia uma bactéria resistente a três ou mais antibióticos, segundo a
ONG. Em 11 por cento havia dois tipos de bactérias resistentes múltiplos
antibióticos. A resistência era mais comum para os antibióticos usados para
estimular o crescimento e tratar doenças das aves.
A Consumer Reports
propôs que seja aprovada uma lei para restringir o uso de oito classes de
antibióticos, que ficariam limitados a humanos ou a animais efetivamente
doentes. A lei seria mais eficaz, disse o grupo, do que o plano da
Administração de Alimentos e Drogas (FDA, na sigla em inglês), anunciado na
semana passada, para a redução gradual nos próximos três anos do uso de
antibióticos não medicamentosos em criações animais.
Além disso, o
relatório propõe que o Departamento de Agricultura estipule níveis toleráveis
das bactérias salmonela e campylobacter nos frangos e que autorize seus
inspetores a proibirem a venda de carne de frango que contenha a bactéria
salmonela resistente a múltiplos antibióticos.
O Consumer Reports
recomenda cozinhar o frango a 73,8 graus Celsius para matar as bactérias, e
usar uma tábua específica para cortar a carne crua, evitando assim a
contaminação de outros alimentos.
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