FONTE: CORREIO DA BAHIA.
A desaceleração do consumo é sentida também em outros produtos típicos de verão, como o refrigerante e o
sorvete, que também acumulam retração de consumo este ano.
O brasileiro está
tomando, em média, uma latinha de cerveja a menos
por mês, segundo a CervBrasil, associação dos fabricantes da bebida. Pode
parecer um problema pequeno. No entanto, multiplicada por todos os consumidores
do produto no País, essa tendência virou um grande fantasma para as indústrias
de cerveja, que amargam queda de 2,4% na produção de janeiro a novembro. A
desaceleração do consumo é sentida também em outros produtos típicos de verão,
como o refrigerante e o sorvete, que também
acumulam retração de consumo este ano.
O desafio das
empresas é usar a nova estação, que
começou oficialmente no sábado, para trazer de volta a clientela perdida com novos produtos,
embalagens e promoções. A necessidade de uma estratégia de guerra por parte de
gigantes multinacionais como Ambev, Heineken, Coca-Cola, Nestlé e Unilever
(dona da marca Kibon) é reflexo de uma combinação de fatores macroeconômicos
com desafios específicos de cada produto. “Acho que a principal questão é a
queda da renda”, diz o consultor em alimentos e bebidas Adalberto Viviani. “As pessoas comprometeram o salário com a compra de outros
bens, como eletrodomésticos, e agora reveem suas necessidades de consumo.”
No caso da
cerveja, fontes de mercado dizem que a Lei Seca - que
introduziu a política de tolerância zero para o consumo de álcool para motoristas - colaborou para
uma freada brusca no consumo da bebida. Segundo o diretor-geral da CervBrasil,
Paulo Petroni, o setor vinha crescendo, em média, 6,5% ao ano de 2004 a 2011.
“A diminuição do ritmo começou no segundo semestre de 2012. Agora, estamos
trabalhando com uma retração de 2% a 3% este ano. É o reflexo daquela latinha a
menos de cerveja todos os meses”, explica Petroni.
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