FONTE: Marianna Feiteiro (www.bolsademulher.com).
Sexóloga ensina técnicas para se sentir a vontade consigo mesma e se permitir ter prazer.
As mulheres se masturbam
menos do que os homens ou simplesmente falam pouco sobre o assunto? Segundo a
sexóloga e psicóloga Carla Cecarello, pesquisadora do assunto, esta não é
apenas uma questão de discrição: elas, de fato, se tocam com menos frequência
do que eles.
De acordo com a especialista, o
problema não está na falta de desejo, mas sim na repressão sexual que as
mulheres sofreram ao longo dos anos e ainda sofrem. “Nós, homens e mulheres,
temos as mesmas vontades. Porém, enquanto o menino é estimulado desde cedo a
explorar e expressar sua sexualidade, a menina é reprimida, sendo ensinada a
sentar de perna fechada, a não andar sem calcinha pela casa, etc.”, exemplifica
Carla. “Do mesmo jeito, na adolescência, é aceitável que o garoto fique com
várias meninas, ou assista pornografia. Já a menina não, ela é tida como
‘galinha’ se fizer essas coisas”, completa.
Masturbar-se é
saudável.
Por conta desses fatores, muitas
mulheres acabam não desenvolvendo o hábito de se masturbar, o que as prejudica
em alguns pontos. Um deles é a falta de conhecimento do próprio corpo, que pode
levar a uma vida sexual insatisfatória e um desconforto generalizado consigo
mesma. Isso também pode levar à dificuldade em atingir o orgasmo, já que essas
mulheres, muitas vezes, são tão travadas que não conseguem relaxar na hora do
sexo.
“Masturbar-se todos os dias é normal e saudável, desde que haja desejo
para isso. Sem dúvida, recomendo para todas as mulheres”, afirma a sexóloga,
ressaltando que a masturbação em excesso (mais de três vezes por dia) também é
prejudicial.
Como se masturbar.
A seguir, Carla indica uma
sequência de exercícios para as mulheres que nunca se masturbaram, mas desejam
começar e explorar melhor sua sexualidade. “A repressão faz com que a mulher
não sinta vontade de se masturbar, mas, na verdade, se trabalharmos seu
psicológico nesse sentido, ela vai descobrir que não é pecado, não é feio, que
isso não irá torná-la homossexual e que é bom”, garante a psicóloga. Trabalhe
esses passos pouco a pouco, ao longo dos dias, conforme for se sentindo mais
confortável.
Passo 1
Em um primeiro momento, a sexóloga não indica o toque genital. “Encontre um lugar reservado, onde você se sinta a vontade e protegida, e comece a andar nua. Isso vai fazer com que você fique mais a vontade e se liberte da vergonha as poucos”, orienta Carla.
Em um primeiro momento, a sexóloga não indica o toque genital. “Encontre um lugar reservado, onde você se sinta a vontade e protegida, e comece a andar nua. Isso vai fazer com que você fique mais a vontade e se liberte da vergonha as poucos”, orienta Carla.
Passo 2
A psicóloga afirma que, geralmente, a mulher que nunca quis se masturbar tem vergonha de se mostrar de uma maneira geral. Por isso, tente ousar um pouco mais no figurino, usando decote e mostrando as pernas. Familiarize-se com o seu próprio corpo.
A psicóloga afirma que, geralmente, a mulher que nunca quis se masturbar tem vergonha de se mostrar de uma maneira geral. Por isso, tente ousar um pouco mais no figurino, usando decote e mostrando as pernas. Familiarize-se com o seu próprio corpo.
Passo 3
Tire a roupa e olhe-se no espelho: observe seu corpo de frente e de costas, atentando-se para os detalhes. Perceba quais partes você gosta menos e mais e por quê.
Tire a roupa e olhe-se no espelho: observe seu corpo de frente e de costas, atentando-se para os detalhes. Perceba quais partes você gosta menos e mais e por quê.
Passo 4
Ainda na frente do espelho, comece a acariciar seu rosto, fazendo movimentos circulares. No dia seguinte, repita o exercício, mas, desta vez, tocando também o pescoço.
Ainda na frente do espelho, comece a acariciar seu rosto, fazendo movimentos circulares. No dia seguinte, repita o exercício, mas, desta vez, tocando também o pescoço.
Passo 5
Passe a acariciar também os seios e observe suas reações. “Se você se sentir constrangida, tente descobrir onde está esse constrangimento. Volte no dia seguinte e tente de novo”, aconselha a sexóloga. Toque também a barriga, os braços, as pernas, mas não a genital.
Passe a acariciar também os seios e observe suas reações. “Se você se sentir constrangida, tente descobrir onde está esse constrangimento. Volte no dia seguinte e tente de novo”, aconselha a sexóloga. Toque também a barriga, os braços, as pernas, mas não a genital.
Passo 6
“Encontre um lugar confortável: pode ser na cama, no sofá, deitada ou em pé – tanto faz, desde que você esteja a vontade”, orienta. Abra as pernas e segure um espelho entre elas. Observe a vagina, os grandes e pequenos lábios, o clitóris, a entrada do canal vaginal, etc. Não tenha medo de abri-la para enxergar melhor: o objetivo é que você conheça o seu corpo.
“Encontre um lugar confortável: pode ser na cama, no sofá, deitada ou em pé – tanto faz, desde que você esteja a vontade”, orienta. Abra as pernas e segure um espelho entre elas. Observe a vagina, os grandes e pequenos lábios, o clitóris, a entrada do canal vaginal, etc. Não tenha medo de abri-la para enxergar melhor: o objetivo é que você conheça o seu corpo.
Passo 7
Comece a se tocar, focando nas reações do seu corpo. Mexa no clitóris, fazendo movimentos circulares, de um lado para outro ou de cima para baixo. Coloque mais ou menos pressão e velocidade conforme sentir vontade. Você também pode introduzir um ou mais dedos na vagina, movimentá-los lá dentro ou simular a penetração.
Comece a se tocar, focando nas reações do seu corpo. Mexa no clitóris, fazendo movimentos circulares, de um lado para outro ou de cima para baixo. Coloque mais ou menos pressão e velocidade conforme sentir vontade. Você também pode introduzir um ou mais dedos na vagina, movimentá-los lá dentro ou simular a penetração.
A partir daí, observe os jeitos
que mais gosta de ser tocada e o que te excita. Aos poucos, você vai se soltar,
aprimorar suas técnicas e querer fazer cada vez mais.
Dicas para ter
prazer.
§
Explore
as zonas erógenas do seu corpo: toque os seios, a parte interna da
coxa, virilha, parte interna dos braços, etc.
§
Para se
excitar, imagina situações que considera estimulantes. Quando estiver mais
desinibida, tente assistir a um filme erótico ou vídeos na internet.
§
Não se
preocupe em ter um orgasmo. “Foque no que você sente com cada toque. O orgasmo
vai ser uma consequência com o tempo”, afirma a sexóloga.
§
Num
primeiro momento, não use lubrificantes. “É importante que você aprenda a
fantasiar para que perceba sua secreção natural.”
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