FONTE: Agência Brasil, CORREIO DA BAHIA.
Ainda em fase de criação, o programa tem a finalidade de ampliar o papel das universidades e institutos federais na
difusão e preservação da cultura brasileira e na construção e implementação das
políticas culturais.
Os ministros
da Educação, Aloizio Mercadante e da Cultura, Marta Suplicy assinaram hoje (18) portaria interministerial
que institui o Programa Mais Cultura nas Universidades. Ainda em fase de
criação, o programa tem a finalidade de ampliar o papel das universidades e
institutos federais na difusão e preservação da cultura brasileira e na
construção e implementação das políticas culturais.
Para a
ministra Marta Suplicy, a universidade é um polo de conhecimento e vai contribuir muito
para estas ações. “Hoje existe uma demanda, vontade, mas falta oportunidade,
recursos e estímulos para o conhecimento cultura. Com estas portas abertas, os
universitários terão uma formação mais completa e vão poder exercitar a atividade profissional de uma forma melhor, com uma visão holística do mundo e
da sociedade”, disse a ministra.
Ela explicou
que o programa foi construído pelo grupo de trabalho interministerial - Ministérios da Educação (MEC) e da
Cultura (MinC), com o objetivo de ampliar o uso das instituições de ensino
público como espaço de produção e circulação da cultura brasileira e de acesso
aos bens culturais, de respeito à diversidade e pluralidade da nossa cultura.
“Estamos muito empolgados, é uma coisa nova, mas que não temos dúvida que será
um grande sucesso”, acrescentou.
“Queremos uma
efervescência cultural nas universidades, incrementando a circulação da pesquisa em
cultura, fomentando a extensão universitária, melhorando os equipamentos culturais, estimulando
eventos, mostras e festivais nas universidades”, explicou Marta.
O ministro
Mercadante observou que existe uma demanda fortíssima de cultura e que é
preciso incrementar o setor. “A cultura tem um papel decisivo para o
turismo, que é o setor que mais cresce na economia mundial. O Brasil precisa
olhar a cultura com uma visão mais estratégica”, disse ele.
Segundo o
ministro, o orçamento do Programa Mais Cultura nas Universidades é de R$ 20
milhões, podendo ser ampliado para R$ 100 milhões. “Os editais ainda serão
construídos e vão desenhar os eixos temáticos e definir as possibilidades. A
relação com a rede pública é uma coisa que queremos valorizar, o trabalho da
universidade com a rede pública, com atividades culturais e artísticas nas
escolas vai ter valor importante”, acrescentou Mercadante.
O ministro informou que não haverá concentração e
desequilíbrio regional. Cada região do país terá um orçamento garantido para
suas universidades e institutos. “Um projeto com mais de uma universidade tem
mais impacto e maior abrangência, porque não queremos projetos pequenos, não
vamos pulverizar os recursos. Queremos projetos estruturantes em torno de R$ 1
milhão, para realmente ajudar a melhorar os processos culturais.”
Para a
diretora de Cultura da União Nacional dos Estudantes, Patrícia Matos é um grande passo
para conquista de uma educação que compreende a perspectiva da função social da
universidade e da necessidade de se relacionar com o ambiente exterior.
“Queremos uma academia que se preocupe não só com a formação para o mercado de
trabalho mas com a formação humana, compreendendo o estudante também, como
sujeito histórico. A cultura é uma característica humana e precisamos valorizar
as culturas que o estado historicamente não reconheceu”, disse Patrícia.
A
implementação do programa se dará ao longo de 2014 através da comissão
interministerial - Cultura e Educação. Também será dado um prazo para as universidades
apresentarem seus planos de cultura. O Programa Mais Cultura nas Universidades
foi apresentado hoje na 127ª Reunião do Conselho Pleno da Associação Nacional
dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), com a
presença do presidente da Andifes e reitor da Universidade Federal do Ceará
(UFC), Jesualdo Pereira Farias, da reitora Soray Smalli, da Universidade
Federal de São Paulo (Unifesp), dos secretários de Educação Superior do
MEC, Paulo Speller e de Políticas Culturais do MinC, Américo Córdula e outros reitores de
instituições federais.
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