FONTE: FABIANA FUTEMA (maternar.blogfolha.uol.com.br).
Os pais devem ficar
atentos ao volume do som emitido por aparelhos sonoros colocados próximos ao
bebê. Dependendo da intensidade do ruído, esses aparelhos podem oferecer risco
à audição das crianças, segundo o otorrinolaringologista Arthur Castilho,
especialista em saúde auditiva.
“O nível máximo
permitido de ruído é de 80 decibéis. Acima disso, o ruído pode prejudicar a
audição”, diz Castilho.
No entanto, o
especialista afirma que esse limite de ruído depende da distância entre o
aparelho sonoro e a criança. “Se o aparelho estiver bem próximo da criança,
mesmo que abaixo de 80 decibéis, pode prejudicar a audição.”
Outro problema apontado
pelo otorrinolaringologista é o tempo de exposição ao ruído. “Não faz bem
deixar uma máquina de som ligada a noite inteira ao lado da criança.”
Muitas mães hoje são
adeptas da técnica do chiado para fazer o bebê dormir. Há inclusive aplicativos
de celular com esses chiados _simulam o barulho do ventre materno, batidas do
coração ou sons repetitivos, como secador de cabelo e máquina de lavar.
De olho nesse filão,
alguns sites passaram a vender aparelhos que produzem esses sons _são chamadas
de máquinas de ruído branco.
Mas Castilho diz que o
melhor som ambiente para fazer o bebê dormir ainda é o silêncio. “Já está
comprovado que o que acalma o bebê é a voz da mãe. Se você acostumar a criança
a dormir com esse chiado criará um condicionamento, ela só vai dormir com esse
barulho. Não significa que esse som é que faz dormir, é condicionamento.”
BRINQUEDOS.
Castilho diz que os
pais também devem prestar atenção nos brinquedos sonoros dos filhos. ‘Hoje,
quase todo brinquedo parece brilhar e fazer ruído. Precisa ver se o brinquedo
tem selo do Inmetro.”
Segundo ele, alguns
fabricantes já têm cuidado com a saúde auditiva da criança na produção dos
brinquedos. “Já vi brinquedos que emitem um som de intensidade maior quando
estão na caixa. Mas quando você tira da caixa, o som fica mais baixo para não
prejudicar a audição da criança.”
Com a quantidade de
brinquedos, aparelhos sonoros e aplicativos à disposição, Castilho diz que as
crianças de hoje estão mais expostas ao ruído.
O especialista afirma
que os danos causados à audição são irreversíveis. “O processo de perda da
audição é contínuo. E as lesões provocadas são irreversíveis. Por isso é
preciso reduzir o volume e tempo de exposição das crianças ao ruído.”
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